Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres (MT), que decretou ainda a apreensão de dez aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. Segundo a Polícia Federal, o nome da operação, “Grão Branco”, faz referência ao transporte de grãos – como soja e milho – do Estado de Mato Grosso para São Paulo que justificavam as viagens das carretas que transportavam a cocaína.
A PF indicou que as investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda.
No curso da operação, foram realizados mais de dez flagrantes com apreensão de aproximadamente quatro toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com os crimes investigados.
A corporação indica que o líder da organização criminosa sob suspeita – já condenado por tráfico internacional de drogas – estava foragido e controlava toda a logística do transporte dos entorpecentes a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Ele controlava desde a saída da droga daquele país por meio de aeronaves, até o recebimento dela em pistas clandestinas no Brasil, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros do País.
Em 2020, por meio da cooperação internacional com a polícia boliviana, o líder foi expulso e entregue as autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena do crime. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram a comandar a logística de transporte da droga, dizem os investigadores.
Em razão da complexidade da operação, além da atuação da Polícia Federal, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira, do Grupo Especial de Fronteira em Mato Grosso, da Polícia Rodoviária Federal, das Polícias Civil e Militar de MT, e das Polícias Militar de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
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