Pia Sundhage deixa a seleção feminina com a ‘cabeça em dia’ para bater o Canadá

Esqueça a pressão recente sobre a seleção feminina por ter ficado fora do pódio no Rio-2016. Tire da cabeça também, o fato de as meninas do Brasil terem perdido duas finais olímpicas. O segredo da técnica Pia Sundhage para obter êxito no jogo desta sexta-feira diante do Canadá, às 5 horas (de Brasília), pelas semifinais dos Jogos de Tóquio-2020, é ter a cabeça tranquila. “Eu quero muito que a gente jogue bem e chegue nas semifinais”, disse a treinadora.

“Se você está nas quartas de finais de uma Olimpíada, você supera todos os obstáculos. Você vai querer jogar os 90 minutos, prorrogação para conquistar o objetivo. Para mim, tudo se resume à jornada. Tem que fazer valer a pena conviver tantos dias juntas”, afirmou a treinadora.

Além do foco no trabalho desenvolvido, ela passou também a importância de um bom resultado em Tóquio para fortalecer a modalidade no Brasil. “Esses dois últimos anos no futebol feminino no Brasil têm sido ótimos e acho que, se voltarmos com uma medalha, as pessoas vão nos ouvir mais. Olhando para esse prisma, esse jogo contra o Canadá é muito importante”.

E o currículo da treinadora tem estofo para motivar as atletas. Bicampeã olímpica à frente da seleção dos Estados Unidos em 2008 e 2012, a sueca possui um retrospecto positivo diante do Canadá. Desde que assumiu a seleção feminina, foram quatro confrontos: o saldo é de duas vitórias brasileiras e dois empates. “O último jogo foi apertado e elas estão em nono no ranking. Precisamos fazer o nosso melhor em termos de defesa. Temos que ter cuidado com a Sinclair, que é inteligente e também muito experiente”.

Em sua quarta Olimpíada, a zagueira Érika falou que o Brasil chega bem preparado. “Enfrentar o Canadá é muito duro. Mas sabemos da nossa qualidade. Temos muitos vídeos do passado, vídeos recentes e sabemos bem como elas jogam”.

Em campo, ela revelou que vai ter um duelo particular justamente contra a principal jogadora adversária. “Já atuei várias vezes contra e também a favor da Sinclair. É uma jogadora muito perigosa, mas vou estar muito atenta”.

MARTA – A brasileira Marta segue como a principal arma da técnica Pia Sundhage para desequilibrar a partida a favor do Brasil. A alagoana de 35 anos está a dois gols de se tornar a maior artilheira do Brasil em Olimpíadas. Atualmente, o posto pertence a Cristiane, que balançou a rede em 14 oportunidades, mas não foi convocada para os Jogos de Tóquio-2020.

Nesta edição olímpica, Marta mostrou que está com o faro de artilheira em dia: são três gols em três partidas. “Sinceramente o objetivo é outro, coletivo. Se vier a artilharia, será uma coisa natural”, comentou.

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