Desde o início da pandemia, quando o isolamento social e o toque de recolher foram implementados como medida de combate à pandemia de covid, não só Pato Branco, mas todo o Sudoeste, registram diversos casos de desobediência na quarentena.
Desde pessoas circulando em locais públicos sem a utilização correta da máscara até festas clandestinas regadas à álcool e drogas, são diversas as denúncias recebidas tanto pela Vigilância Sanitária quanto pela Polícia Militar.
Conforme informações da PM, a maior parte das denúncias são de festas familiares ou entre amigos, que geralmente ocorrem em residências. Na noite desta sexta-feira (11), por exemplo, um dia antes de o horário de funcionamento presencial de bares e restaurantes voltar a ser até às 22h, a PM foi acionada através do 190 para interromper duas aglomerações. A primeira delas em um prédio da rua Osvaldo Aranha, esquina com Avenida Tupi, onde vários jovens estavam reunidos no estacionamento do local. Ao avistar o carro da PM, eles se dispersaram, e não foi possível encontrar o responsável.
Já no bairro La Salles, a polícia encontrou mais de 20 pessoas reunidas, sem máscara, para a comemoração de um aniversário nos fundos de uma residência. Os policiais fizeram a abordagem e entraram em contato com o plantão da Vigilância Sanitária, que foi até o local e aplicou uma multa de R$ 5 mil no responsável pela residência, conforme prevê a legislação.
Os demais participantes foram identificados para serem responsabilizados posteriormente e liberados no local. Já o responsável pela residência foi encaminhado para a lavratura de termo Circunstanciado e, além do pagamento da multa, responderá criminalmente pelos seus atos.
“Extremamente alta”
Todos os dias, há um ano e dois meses, as pessoas são lembradas sobre o perigo de se aglomerar. Apesar de as lideranças fecharem os olhos para os índices, as taxas de transmissão e letalidade da doença seguem muito altas em todo o Brasil.
Conforme os dados do SIVEP-Gripe, Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe do Ministério da Saúde, e estimativas corrigidas, eles observaram a evolução do número de hospitalizações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por data dos primeiros sintomas, a transmissão comunitária do vírus segue “extremamente alta” em quase toda a Federação, com exceção de Roraima e Espírito Santo, onde estão “muito alta”. Essa medição diz respeito à semana iniciada em 7 de junho. Em números, isso quer dizer que nos 24 Estados e no Distrito Federal a taxa é superior de 10 hospitalização por cada 100 mil habitantes.
Por isso, ao contrário do senso comum que acredita que a pandemia no Brasil está sob controle quando se fala em “estabilidade”, o real significado é que os casos permanecem em um patamar elevado, gerando tantas internações e óbitos como temos acompanhado.
Portanto, cuida-se: use máscara, mantenha as mãos higienizadas e mantenha o distanciamento. E, caso presencie alguma infração das regras, acione a Polícia Militar, discando 190.