A Polícia Militar do Paraná (PMPR) já está utilizando o Taser 10, modelo de arma de incapacitação neuromuscular que reforça a atuação em ocorrências críticas. O primeiro uso foi registrado em 16 de agosto e, desde então, 32 boletins de ocorrência foram vinculados ao equipamento, incluindo situações de surto, ameaças à integridade de pessoas e até um caso de motorista embriagado que se recusava a parar de dirigir.
Entre os registros, destaca-se a ação em Guarapuava, nesta quarta-feira (24), quando equipes do 16º Batalhão foram acionadas para conter um homem em surto que arremessava facas pela janela de um prédio. Após três horas de negociação e protocolos de intervenção, os policiais usaram o Taser 10 para imobilizar o indivíduo, que recebeu atendimento do SAMU e foi encaminhado a um hospital.
Tecnologia para reduzir riscos
Segundo o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, a nova arma faz parte de um pacote de infraestrutura tecnológica para modernizar as forças de segurança:
“Esse armamento contribui para levar mais segurança à sociedade e a todos os envolvidos em ocorrências”, afirmou.
O capitão Erlington José Medeiros de Barros ressaltou que o equipamento é uma alternativa importante ao uso de armas de fogo:
“A arma pode contribuir para a preservação de vidas, tanto de civis quanto de policiais.”
Capacitação e ampliação do uso
Mais de 2 mil policiais militares já foram capacitados para utilizar o Taser 10, número que representa 67,2% da meta inicial de 3 mil profissionais nesta primeira etapa. A expectativa é que todos os treinamentos sejam concluídos nos próximos meses, consolidando o equipamento como padrão operacional da PMPR.
O comandante-geral da PMPR, coronel Jefferson Silva, destacou a rapidez na adoção da tecnologia:
“Alcançar mais de dois terços da meta em tão pouco tempo mostra a seriedade da corporação. Estamos prontos para integrar a arma à rotina, garantindo resposta proporcional e segura em ocorrências críticas.”
Características do Taser 10
- Capacidade de 10 dardos metálicos, permitindo atingir até três alvos sem recarregar.
- Corrente elétrica de 1,2 miliampere (mA), considerada segura em comparação a uma tomada comum (10 amperes).
- Atuação direta no sistema nervoso sensorial e motor, causando perda temporária do controle muscular.
O modelo representa um avanço em relação às versões anteriores, que tinham capacidade para apenas dois dardos.
Outras forças de segurança
Além da PMPR, outras instituições já receberam o equipamento e iniciaram treinamentos:
- Polícia Civil: 300 unidades
- Polícia Penal: 98 unidades
- Polícia Científica: 2 unidades
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