Depois de localizar os primeiros corpos, a Polícia Civil pediu ajuda ao Corpo de Bombeiros para auxiliar nas buscas. A área foi isolada. No fim da tarde, até uma retroescavadeira foi enviada ao local pela prefeitura. Os corpos, em estado de decomposição, foram enviados para o Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba. A identificação será feita com análise do DNA das vítimas.
Conforme a delegada do Deic, Luciane Bachir, a operação foi desencadeada após seis meses de investigação sobre as ações do “tribunal do crime” na cidade. A justiça expediu 11 mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão. Ao menos oito pessoas foram presas. Os policiais chegaram ao cemitério clandestino depois que um preso na operação contou onde as vítimas do tribunal foram enterradas. Conforme a investigação, o “cemitério” de Sorocaba seria usado também para receber sentenciados de morte de outras cidades paulistas.
Os oito presos vão responder por crimes de tortura, homicídio e associação para o crime. Os materiais apreendidos durante as buscas serão analisados pelo setor de inteligência do Deic. Conforme a delegada, as investigações vão continuar com o objetivo de identificar outros envolvidos e se mais crimes foram cometidos pelos suspeitos.
Os “tribunais do crime” foram criados pelo PCC para estabelecer um sistema paralelo de julgamento e punição aplicados a todos aqueles que prejudiquem os negócios da facção ou, ainda, descumpram suas regras disciplinares. Os tribunais desenvolveram um modo de operação próprio, pautado por tortura, extrema violência e execução sumária das vítimas.
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