Nessa segunda-feira (12), a Divisão de Investigação Criminal de Fronteira (DIC-Fron) de São Lourenço do Oeste, ligada a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), concluiu as investigações sobre as quatro mortes e incêndio à residência ocorridos no início da manhã de 8 de maio desta não, no bairro Esperança, em São Domingos (SC).
Na ocasião, foram mortos, por ferimentos com arma branca (faca) na altura do pescoço, duas crianças, — um menino, com 11 anos e uma menina de 10 anos —, e os pais um homem de 34 anos e a esposa de 31anos. Além do homicídio foi constatado que posteriormente foi ateado fogo na residência com o intuito de apagar qualquer indício que pudesse levar à descoberta da autoria do crime, classificado pela polícia como “cruel e covarde”.
Nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa remota, foi revelado que a partir dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) do Núcleo Regional de Perícias de São Lourenço do Oeste, descobriu-se que as lesões foram produzidas em organismo vivo, ou seja, que as mortes não foram decorrentes do fogo que consumiu toda a residência onde o casal morava com as duas crianças, mas sim um crime de sangue, ou seja, por homicídio.
De acordo com a polícia, os trabalhos investigativos imediatos em uma ação integrada do Instituto Geral de Perícias (IGP) e IML, possibilitou a colheita de provas seis dias após os fatos, portanto, 14 de maio, que resultou na prisão temporária de um homem de 31 anos de idade (que era amigo e frequentava a casa da família que veio a matar), na cidade de Ipuaçu (SC), àquela altura investigado como autor dos crimes.
Por se tratar de crime hediondo, a prisão temporária foi decretada inicialmente para 30 dias e posteriormente ampliada para mais 30 dias.
Neste período, a Polícia Civil seguiu com as investigações, até que no sábado (10) o homem confessou a autoria dos crimes.
O autor confesso, relatou à polícia ter matado dos quatro membros da família, e em seguida ateou fogo na residência. Aos policiais o homem alegou ter feito uso excessivo de drogas [cocaína] e que não lembrava das mortes.
Desde 14 de maio, ele está no Presídio Regional de Xanxerê (SC).