Duas notas publicadas nesta semana, — na quarta-feira (28), pela Paróquia São Pedro Apóstolo e na quinta-feira (29), pelo Unidep —, chamaram a atenção da população e da Polícia Civil para um possível golpe sendo praticado em Pato Branco.
No comunicado da Paróquia a informação de que “pessoa, apresentando-se como seminaristas, estão visitando as casas de famílias da nossa cidade em nome da Paróquia.”
Ainda foi pontuado que “não há ninguém autorizado a fazer essas visitas em nome da nossa Diocese ou das Paróquias São Pedro Apóstolo, Cristo Rei e Nossa Senhora de Fática; nem mesmo da Igreja Ucraniana de nossa cidade. Portanto, não são pessoas do nosso conhecimento nem realizam um trabalho em nosso nome. Assim, não sabemos das reais intenções dessas pessoas”. A recomendação é para “não atender”.
Com um intervalo de menos de 24 horas da publicação da nota da Paróquia, o Centro Universitário de Pato Branco (Unidep), também fez uma manifestação comunicando que “não há nenhuma pesquisa acadêmica sendo aplicada nos bairros de Pato Branco, que demanda a inserção de estudantes em domicílios do município.”
A instituição informou que “recebeu relatos de que pessoas se passando por alunos da IES (Instituição de Ensino Superior), estariam visitando residências alegando a realização de pesquisa de teor acadêmico, o que não procede.”
O comunicado informa que foi realizado o registro da ocorrência e pede que a população procure os órgãos de segurança, caso sejam abordados.
Na tarde da sexta-feira (30), a delegada Franciela Alberton confirmou o registro da ocorrência por parte do Unidep, revelando que nas tentativas de ingresso nas residências, os supostos estudantes utilizam crachás como identificação.
Como na mesma semana fatos parecidos foram observados em Pato Branco, Franciela relata que a polícia trabalha “com a possibilidade de serem as mesmas pessoas, mas com mudança de história devido a divulgação do anterior [supostos seminaristas].”
A delegada enfatizou o pedido para que as pessoas não permitam a entrada de estranhos em suas residências, nem repassem qualquer tipo de informação, além do pedido de que “eventuais vítimas procurem a delegacia para registrar BO [Boletim de Ocorrência], já que o crime de estelionato depende de representação.”