Segundo a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), quem alugou o helicóptero foi Marco Antônio da Silva, o Pará, gerente de bocas de fumo na favela do Sabão, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), e Khawan Eduardo Costa Silva, que também atua no tráfico de drogas nessa mesma comunidade. Os dois foram reconhecidos pelo piloto e aparecem em vídeos do circuito interno de segurança, enquanto aguardam o abastecimento do helicóptero.
A polícia considera Carlos Vinícius Lírio da Silva, chefe do tráfico na favela do Sabão e detido no presídio Vicente Piragibe, no complexo de Gericinó, como o principal suspeito de ser o mentor do plano de fuga. Ele seria um dos fugitivos – a polícia acredita que outros criminosos poderiam fugir junto com ele.
Segundo a polícia, Pará e Silva exigiram um helicóptero “esquilo”, que comportasse cinco passageiros, para fazer o trajeto, o que indica que o plano era resgatar mais de uma pessoa. “Eles queriam uma aeronave de pelo menos cinco lugares. Então, para nós, isso indica que mais de um detento iria fugir”, contou o delegado William Pena Júnior, da Draco.
Na noite de terça-feira, 21, a polícia conseguiu localizar o motorista de aplicativo contratado para levar os dois criminosos de Niterói ao heliponto da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, na manhã de domingo. O rapaz recebeu R$ 100 pela corrida.
“Encerramos essa primeira fase da identificação dos que participaram do sequestro. Agora vamos partir para a segunda etapa, identificando os alvos e tentando prender todos eles”, afirmou Pena Júnior.
“Não há dúvida de que há um mentor e que era um plano do Comando Vermelho. Durante o voo, depois do resgate frustrado, eles queriam que a aeronave pousasse no Complexo da Penha. Depois desembarcam em outra favela da mesma facção (Morro do Castro), em Niterói”, disse o delegado.
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