O Grupo Polimed promoveu na tarde desta quarta-feira (21) uma série de palestras sobre saúde mental por ocasião do Setembro Amarelo, campanha de valorização da vida. Foram feitos três encontros gratuitos no auditório da empresa, no centro de Pato Branco, conduzidos pela psicóloga Marilei Vezaro.
Ao todo, cerca de 80 colaboradores de empresas clientes da Polimed participaram das conversas, cujo mote foi a frase “em tempos de caos, escolha viver”.
“Também trabalhamos alguns assuntos do pós-pandemia, os transtornos que estão muito mais acentuados. As pessoas estão sofrendo mais, e muitas vezes não estão se encontrando, não sabem onde buscar ajuda. Então o objetivo é estimular a busca de ajuda, mostrar que é possível agir diferente diante do colega ao lado que precisa, como eu posso fazer para tornar o meu dia a dia melhor e ter mais qualidade de vida”, disse a profissional.
A prevenção ao suicídio também foi um dos temas abordados. Marilei analisa que há vários fatores que contribuem para os problemas relacionados a saúde da mente. Porém, ela acredita que a atual fragilidade dos vínculos é um fator relevante. “Hoje eu vejo que a modernidade está tornando as relações muito rasas, muito supérfluas. Não se cria mais vínculos, se desiste das coisas mais facilmente. No mercado de trabalho as pessoas começam a trabalhar, ficam um mês e mudam, não dão satisfação. Então eu vejo que as pessoas não estão tendo fortalecimento, e estão desistindo de algumas coisas com facilidade”, analisa.
Suporte
Marilei comenta que existem diversos sinais que podem indicar que alguém esteja precisando de ajuda profissional, por conta de sua saúde mental.
O isolamento e a tristeza excessiva são alguns deles. “Quando você percebe que uma ou duas semanas a pessoa mudou o comportamento. As falas estão muito tristes, desanimadas, por semanas, sem conseguir dar a volta. Se a pessoa está falando ela está dando sinais de que está precisando de ajuda, muitas vezes ela escreve, ela desenha. Então é preciso prestar atenção em como as pessoas estão se comportando”, lista.
Muitas vezes, quem sofre não quer receber ajuda. Porém, a psicóloga sugere que as pessoas busquem apoio profissional também para saber como oferecer suporte para alguém que necessita. “Temos que estar com o olhar atento para ajudar no momento em que ela se permitir. É estar presente, de modo geral”, completou.
Marilei disse ainda que informações sobre saúde mental e redes de apoio estão disponíveis no site do Centro de Valorização a Vida (cvv.org.br.), organização que realiza apoio emocional e atua na prevenção ao suicídio.