Tusk, de 64 anos, disse que está retornando à política e ao partido de oposição Plataforma Cívica para ajudar a combater o “mal” do atual governo de direita.
Tusk é cofundador da Plataforma Cívica, um partido centro-liberal que governou a Polônia por oito anos – na maioria das vezes com Tusk como primeiro-ministro – antes que a atual equipe conservadora ganhasse o poder, em 2015.
“Eu sei que muitos poloneses estavam esperando que esse pesadelo acabasse”, disse Tusk, sobre o atual governo do partido Lei e Justiça, que colocou o país em rota de colisão com a União Europeia. “Hoje, o mal reina na Polônia e estamos prontos para lutar contra esse mal”, disse Tusk.
A UE e seu tribunal abriram procedimentos contra o atual governo da Polônia, dizendo que suas mudanças no sistema de justiça e oposição a algumas decisões da do bloco, incluindo a realocação de migrantes, vão contra os princípios do UE.
Tusk disse que seu retorno foi ditado pela convicção de que a Plataforma Cívica é “necessária como a força… que pode vencer a batalha com a Lei e a Justiça sobre o futuro da Polônia”. “Não há chance de vitória sem a Plataforma” disse Tusk. Ele disse que também tinha um senso de responsabilidade pelo partido que fundou e liderou por muitos anos antes de assumir o cargo de chefe do Conselho da UE, em 2014.
O atual governo da Lei e Justiça e dois pequenos parceiros continuam a liderar as pesquisas de opinião pública na Polônia, graças aos seus generosos bônus familiares e políticas conservadoras que atraem a maioria católica na sociedade. Mas a pressão do acúmulo de disputas com a UE e uma luta interna por poder e influência têm abalado visivelmente a unidade e a lealdade da coalizão, que recentemente perdeu a maioria no parlamento.
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