O Departamento Municipal de Trânsito (Depatran) de Pato Branco iniciou nesta semana o uso de parquímetro no sistema rotativo de estacionamento. São cinco pontos, distribuídos pela área da Zona Azul (sistema Estar Digi), que ficarão ativos por três meses, em caráter de teste para avaliar a viabilidade de utilização do sistema.
O Diário conversou com moradores de Pato Branco para saber a opinião a respeito da possibilidade de instalação do sistema. As opiniões foram favoráveis. Daiana Ferrari, citou o exemplo do sistema utilizado na cidade de Chapecó, Santa Catarina. “Lá existe, faz tempo que tem, funciona até hoje. Pra mim é melhor, e acredito que para a população em geral. Eu ainda não baixei o aplicativo, nem sempre encontro um agente, então com o parquímetro vai facilitar bastante”, opinou.
Graciele Merlo, é comerciante e acredita que o uso do parquímetro favorecerá a rotatividade de veículos nas vagas de estacionamento. “Também há as pessoas das cidades vizinhas, que vem até nós para verificar como que faz pra colocar créditos para o estacionamento, para evitar a multa que acaba gerando um inconveniente”, diz ainda a lojista, citando o que acredita ser mais uma vantagem dos parquímetros.
Para Hamilton Maciel a instalação do equipamento facilitará o acesso aos créditos necessários para a utilização das vagas de estacionamento. Porém, ele acredita que uma outra medida importante seria a demarcação das vagas. “Há pessoas que utilizam duas vagas com um carro só”, analisa.
As entrevistas foram feitas pela repórter Priscila Corteze, e estão disponíveis em vídeo no site do Diário do Sudoeste (diariodosudoeste.com.br).
Teste
De acordo com a chefe do setor de controle e fiscalização do Depatran, Francieli Tamagno, os equipamentos foram locados da empresa Vago! por meio de uma dispensa de licitação, ou seja, pelo menor valor entre três orçamentos. Cada um dos cinco parquímetros foi locado a um custo de R$ 750 por mês. O teste será feito pelo período de três meses.
O custo de reparo em caso de danos, como causados por vandalismo, por exemplo, ficam por conta da empresa.
Ainda segundo Francieli, além de gerenciar a utilização das vagas o equipamento também permite o pagamento dos débitos gerados pelo não pagamento do valor pelo estacionado. Porém, a funcionalidade não está disponível neste período de testes, mas se a tecnologia vier a ser implementada de forma definitiva a função deverá ser habilitada.
Funcionamento
O parquímetro é um dispositivo usado para controle de estacionamento rotativo em vias públicas. Conectado ao sistema do Estar Digi, o usuário poderá adquirir tempo fracionado de estacionamento. Ainda, poderá realizar o pagamento com cartão, crédito ou débito, ou com moedas, de R$ 0,05 acima.
“Com o agente o motorista não consegue comprar tempo fracionado, nem efetuar o pagamento com cartões. A tecnologia do parquímetro permite isso”, explicou Marines Boff Gerhardt, diretora do Depatran, em entrevista ao Diário concedida na última segunda-feira (30). Os pontos estão nas esquinas Ibiporã com Tapajos; Ibiporã com avenida Tupi; Ibiporã com Guarani; Guarani com Itabira e Pedro Ramires de Mello com avenida Brasil.
Os totens que estão sendo implantados também possuem autonomia de geração de energia por meio de placas fotovoltaicas.
O aplicativo Estar Digi continua ativo. Para adquirir tempo no parquímetro, basta informar a placa do veículo e quantos minutos o automóvel ficará estacionado. O tempo máximo permitido na mesma face da quadra é de duas horas.
O usuário do estacionamento poderá pagar pelo estacionamento com cartão de crédito e de débito, ainda em moedas.
Assim R$ 1 equivale a uma hora; R$ 0,50, para meia hora; R$ 0,25 para 25 minutos; R$ 0,10, dez minutos e R$ 0,05 para cinco minutos.
Fiscalização
Ainda com o objetivo de melhorar e ampliar a fiscalização, além de suprir a falta de agentes de trânsito, o Depatran está analisando a viabilidade implantar a fiscalização embarcada, onde que com um veículo equipado com câmeras, passará pelas ruas averiguando se os automóveis estacionados estão com o sistema de trânsito rotativo acionado.
“Dessa forma ampliamos a nossa fiscalização com mais agilidade. O veículo passa e identifica qual carro está sem o Estar ativado, a informação vai para o agente que está próximo e o agente que somente aquele veículo, não precisando ficar fiscalizando os demais”, explica a diretora. “Caso o veículo esteja irregular, são feitas duas fotos, uma específica e outra global, para que não haja inconsistências”, acrescenta.
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