No C6, banco criado em 2018 e que tem 9 milhões de clientes, a estratégia é usar um modelo híbrido de distribuição tanto para pessoa física quanto jurídica. Presente em 100% dos municípios, a instituição tem mais de 600 consultores e agentes espalhados pelo País para atender empresas e vender crédito consignado para pessoas físicas.
Além disso, o banco aposta no marketing digital nas redes sociais e nos meios de comunicação para chegar até locais menos acessíveis, diz o sócio-fundador do banco, Luiz Marcelo Calicchio. “Não temos estratégia para desbancarizados, mas para chegar a pessoas que estão em locais menos acessíveis”. Ele destaca que o banco tem uma grande oferta de produtos para esses futuros clientes.
A Neon, com 12 milhões de clientes, quer apostar em campanhas físicas (em ponto de ônibus e relógio de rua, por exemplo) para atrair clientes. “Estamos atrás de um público que não tem serviço ou que é sub-bancarizado. Quanto mais saímos das grandes cidades, mais temos isso”, diz a vice-presidente de produtos, design, marketing e negócios, Paula Martinelli. O banco, que também está em todos os municípios do País, aposta no “member get member”, em que clientes indicam amigos e ganham benefícios.
Com 40 milhões de clientes, o Nubank, maior banco digital do País, também fincou sua marca nos 5.570 municípios brasileiros. Uma das estratégias foi apostar num blog de educação financeira – lido por 50 milhões de pessoas no ano passado – e em conteúdos nas redes sociais, como LinkedIn e Tik Tok. “A inclusão financeira vem junto com a educação financeira. Desde 2013, já incluímos 3,8 milhões de pessoas que nunca tiveram acesso aos serviços financeiros”, diz Christianne Cannavero, diretora de ESG do Nubank.
Além dos bancos independentes, as instituições tradicionais também têm avançado nesses locais por meio de suas fintechs. O Next, do Bradesco, não tem uma estratégia específica para cidades do interior, mas já está presente em todos os municípios do País. O banco tem mais de 5,4 milhões de clientes.
No Iti, do Itaú, não há estratégia geográfica para inserção de pessoas no sistema financeiro. Criado em novembro de 2020, o braço digital do maior banco privado do País tem 7,8 milhões de clientes. “Hoje há uma agenda no Brasil de muita inclusão bancária, de oferecer mais serviços para a população”, diz Fabio Licere, sócio de serviços financeiros da KPMG. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Comentários estão fechados.