O envolvimento de agentes das forças de segurança, principalmente das Polícias Militares, tem despertado preocupação de diversos atores políticos em relação a uma tentativa de ruptura institucional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), descartou a possibilidade de investida golpista na data.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou o coronel da PM do estado Aleksander Lacerda, que convocou colegas de corporação para os atos bolsonaristas por meio das redes sociais e fez ataques aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF), desafetos do presidente. Policiais militares da ativa são proibidos por lei de se envolverem em atividades político-eleitorais.
Como de costume, Bolsonaro deixou em aberto a possibilidade de não disputar a reeleição em 2022. “No momento, não sou candidato a nada, deixo bem claro. Não posso falar em política para o futuro, porque não sei como chegarei até lá”, disse.
Lula e combustíveis
O presidente também retomou o assunto do aumento dos preços dos combustíveis e culpou governos anteriores pelos valores elevados do produto nos postos. Na avaliação dele, a expropriação de refinaria da Petrobras na Bolívia, em 2006, durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Um dos últimos presidentes nossos entregou uma refinaria nossa ao governo boliviano”, disse Bolsonaro. Na fala, ele se referiu a um presidente de “nove dedos”.
“Quando se fala do preço da gasolina, que está alto na ponta da bomba, vale lembrar que somente em três refinarias não construídas, duas no Nordeste e uma no Sudeste, bem como outras sucatas compradas onde não destilaram um só barril de petróleo, deixou para vocês uma dívida de R$ 230 bilhões. O preço hoje está alto também em função disso.”
Antes de finalizar, Bolsonaro afirmou que seu governo deixará o País em melhores condições daquela em que se encontrava em janeiro de 2019, quando iniciou seu mandato.
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