Confirmação foi feita pelo secretário de Esporte e Lazer, Alexandre Zoche após audiência pública que revelou Estudo de Impacto de Vizinhança
Com a realização da audiência pública para a apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança na sexta-feira (26), o Município de Pato Branco oficializou a área da antiga Cotrasa, hoje almoxarifado da Secretaria de Educação e Cultura, como local para a construção da arena multiuso.
O terreno que fica ao lado do estádio Os Pioneiros, chegou a ser cogitado anteriormente como local inicial da obra, contudo, ainda na gestão passada a arena foi anunciada no Parque de Exposições, fato que não se confirmou no início deste ano, com a atual gestão justificando que o espaço desrespeita requisitos ambientais.
Do imóvel de pouco mais de 19,5 mil m², a taxa de ocupação prevista para o terreno é de 31,03% e em nada tem a ver com o estádio, por se tratarem de matrículas distintas, conforme o que foi apresentado na audiência.
O secretário de Esporte e Lazer, Alexandre Zoche avalia que a implantação da arena vai garantir mais qualidade esportiva, atrativos ao público, mas principalmente melhores condições adequadas para a acomodação das diversas modalidades praticadas no município.
“Hoje temos o Dolivar Lavarda, que algumas modalidades a exemplo do basquete, não conseguem ser executadas, devido ao piso. E na arena, todas as modalidades, fazendo o planejamento, poderão utilizar”, afirma o secretário falando ainda em espaço para novas disputas.
Mudanças do projeto
Conforme Zoche, o projeto arquitetônico vai seguir o mesmo que foi aprovado junto ao Ministério do Esporte, “o que muda com a alteração do local, saindo do Parque de Exposições, vindo ao lado do estádio Os Pioneiros é a parte de fundação e hidráulica”, pontuou o secretário, revelando que a empresa que desenvolveu o projeto da arena agora tem 45 dias para as alterações necessárias, para a acomodação no novo terreno.
“Estamos fazendo todos os trâmites legais que precisam ser feitos. Passado isso, poderemos licitar a obra e começar o quanto antes”, comenta Zoche.
Preocupação da população quanto a manutenção dos recursos anteriormente anunciados, com relação aos prazos previamente estabelecidos, Zoche explicou que foi encaminhado ao Ministério do Esporte solicitação e ampliação de prazo de obra devido à mudança do local.
“Tivemos o retorno positivo, todo o projeto está garantido, está empenhado. Foi assegurado esse recurso para o Município e temos um prazo de mais 12 meses para iniciar a obra”, revelou o secretário, enfatizando que “temos até o final de 2022 para iniciar a obra. A população pode ficar tranquila, o dinheiro está garantido, e vamos em busca de terminar essas etapas para fazer a licitação o mais breve possível.”
Impacto de vizinhança
Isabel Consoli, diretora de Desenvolvimento Urbano, setor ligado a Secretaria de Planejamento Urbano, explicou que estudo serviu para identificar os pontos positivos e negativos para a implantação da arena no imóvel escolhido.
Nele foram elencados três eixos que marcam os impactos positivos e negativos: social, com relação a população do entorno; urbanos, envolvendo o contexto de mobilidade urbana, tráfego nas vias e calçadas e infraestrutura; por fim o terceiro foi o ambiental.
Pelos aspectos positivos foram elencados itens como valorização imobiliária, geração de empregos, desenvolvimento econômico da região, enquanto que os impactos negativos geração de ruídos e na fase de construção decorrentes da obra que é de grande porte, ao que são elencados tráfego de maquinário pesado, retirada de vegetação, com a ressalva de que a área de preservação ambiental, deve ser mantida preservada. “Para todos os pontos negativos apresentados, estamos apresentando sugestões para a mitigação”, disse Isabel.
Secretário de Planejamento Urbano, Gilmar Tumelero enfatizou que a secretaria vem trabalhando no desenvolvimento do município, o que na região escolhida para a arena, que ainda abrange o aeroporto e a extensão da BR-185, vem sendo tratada como masterplan, que na prática é um planejamento global.
Em termos ambientais, a secretária de Meio Ambiente, Keli Starck evidenciou que a localização da obra da arena, leva em conta o estabelecido no Plano Diretor do município.
“Nenhum critério técnico foi deixado para traz. Observamos tudo no momento da solicitação das licenças, na solicitação ambiental e supressão florestal para poder fazer o corte das árvores que são de pequeno e médio porte”, disse afirmando que todas as árvores que serão removidas, foram plantadas.
Até o dia 6 de dezembro a população pode fazer manifestações com relação ao estudo e segundo Keli, a intenção do Município é de ainda na primeira quinzena de dezembro fazer todas as devolutivas e o documento em sua versão final passe a ser disponibilizada.
Para tanto, é aguardada para a próxima semana, a disponibilização por parte do Município de todo o estudo para a população. Isso deve ocorrer no site da Prefeitura.