O pré-candidato ao governo do Estado do Paraná pelo PSDB, César Silvestri Filho, esteve em Pato Branco nessa quinta-feira (10), para conversar com lideranças locais, e concedeu entrevista ao Diário do Sudoeste.
Silvestri explicou que logo que foi lançada a sua pré-candidatura ao governo, começou as rodadas regionais. “A segunda região que visito é o Sudoeste, começando por Pato Branco. A ideia neste período inicial da pré-campanha é muito mais para ouvir do que propriamente falar”, ressaltou.
O pré-candidato contou que conversou com várias lideranças, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Pato Branco, vereador Claudemir Zanco (PL) e o presidente do Sindicato Rural, Oradi Caldato, além de correlegionários do partido e a imprensa.
“Sempre com o intuito de melhorar a visão sobre a região, entender de que forma o Estado pode ser mais presente e mais efetivo. A partir disso definir com mais precisão o nosso plano de ação, não só pensando no processo eleitoral, mas também para que se dê sequência no próprio governo, se tivermos o sucesso de chegar lá, chegar com a clareza do que cada uma das regiões tem como prioridade”, enfatizou.
Favoritismo
Questionado sobre o viés de ação do PSDB para conseguir superar o favoritismo da reeleição do atual governador, Silvestri disse que o favoritismo que existe hoje é um favoritismo natural de quem está no cargo.
“Já fui duas vezes prefeito e também disputei o cargo na condição de releição, e sabemos que essa condição é quase que natural. Entretanto há um sentimento muito grande nos paranaenses de que está se buscando uma alternativa do atual governo, dada a ausência de legado que esse governo apresenta, já praticamente se encerrando. Em todos os municípios que já percorri, há um sentimento de que o governo está praticamente acabando sem resultados concretos. Mesmo em Pato Branco, fica muito evidente que não há clareza da população do que o governo fez até aqui. As ações relevantes que aconteceram no município são frutos vindos do legado da gestão do ex-governador Beto Richa. O Parque Ambiental, os investimentos na área de saneamento básico, o contorno leste e os investimentos feitos na área de infraestrutura são todos ainda resultados da gestão anterior. É evidente que esse sentimento começa a ficar mais claro na medida que o processo eleitoral se aproxima. Grande parte dos eleitores ainda não está muito atenta a questão da sucessão estadual. A atenção das pessoas está muito voltada para a questão da sucessão nacional. É exatamente por esse motivo que acredito que essa questão de favoritismo é muito relativo”, destacou.
Terceira via
Silvestri lembrou que a questão da eleição ainda vai começar e que seu nome aparece com alguma viabilidade, segundo pesquisas internas que estão circulando e mostram que estão chegando na casa dos dois dígitos, o que é bastante importante para o início da caminhada.
“Acredito muito que na medida que o eleitor começar a entender que há uma alternativa além de Requião e Ratinho, que o Paraná não está pré-determinado a ter que ficar limitado apenas a estas duas opções, muita gente vai aderir a nossa campanha ao longo do processo. Tenho essa convicção. Acredito que tenho experiência administrativa, tenho um legado de gestão pública comprovada como prefeito de Guarapuava, terminando meu mandato com quase 80% de aprovação, reeleito com a maior votação do Estado na eleição que disputei a reeleição, fazendo sucessor, que é um feito importante, porque respalda a representação do nosso nome, mesmo que em tese para a maioria das pessoas ainda seja uma novidade”, enfatizou.
Relevância
O pré-candidato afirmou que sua candidatura tem relevância nesse processo eleitoral justamente por incentivar que se paute alguns temas, como, por exemplo, os pedágios.
“Nossa candidatura se presta a essa finalidade. O governo do Paraná está faltando com a verdade com a população ao dizer que encerrou as tarifas abusivas e que teremos tarifas mais baratas, quando na verdade o que encerrou foi o prazo do contrato. O governo deveria ter tido a responsabilidade de dar solução para o novo modelo antes desse contrato encerrar, para que não acontecesse o que está acontecendo agora, esse apagão na prestação de serviços e na manutenção das nossas rodovias. Estou muito preocupado com o desdobramento disso para o futuro, uma vez que alguns números indicam que as tarifas não serão mais baratas do que no passado, diferente do discurso oficial, por conta do modelo que está sendo adotado pelo governo estadual”, afirmou.
Cenário nacional
Em relação ao cenário político nacional, Silvestri analisa como um quadro de polarização evidente. “As últimas pesquisas têm reforçado essa impressão. Os nomes da terceira via estão sofrendo uma grande dificuldade de se viabilizar por conta da divisão que há entre os nomes e por conta da rejeição que existe. Para quebrar essa polarização vai ter que haver uma convergência desses nomes da terceira via. O nosso partido tem como pré-candidato o João Dória, que está procurando trabalhar nessa convergência para tentar se inserir no segundo turno quebrado essa polarização, mas é um processo árduo que vai demandar em muita articulação e muito espírito público dentre esses nomes, para que eles possam convergir em favor de uma candidatura só”, frisou.