O comunicado também destaca que até o dia 29 de junho a Bharat Biotech não havia recebido nenhum pagamento adiantado do governo brasileiro, apesar de a condição ter sido imposta em outros contratos internacionais. Segundo a empresa, ela recebeu pagamentos adiantados “de vários outros países”. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o valor acordado pelo governo brasileiro pelas vacinas foi 10 vezes maior que o anunciado pela farmacêutica seis meses antes.
A farmacêutica indiana também destaca que a Precisa medicamentos, empresa responsável por intermediar o processo de compra, “é parceira da Bharat Biotech no Brasil”. Segundo a Bharat, modelo semelhante de parcerias é adotado nos outros países onde não há escritórios próprios ou representações da farmacêutica. O Estadão/Broadcast mostrou que a Precisa Medicamentos esperava receber pelo menos R$ 800 milhões dessa parceria com a venda do imunizante indiano a clínicas privadas.
Nesta terça, 29, o Ministério da Saúde anunciou que suspenderia temporariamente o contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Um dia antes, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu de senadores notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação.
Comentários estão fechados.