“Não sou de exigir inúmeros jogadores, mas temos que trazer pontuais, com capacidade de vir e ajudar de maneira direta. O elenco me agrada bastante pelos jovens talentosos e também pelos experientes”, afirmou o treinador, que não quis falar das posições carentes.
Livre da punição da Fifa após a venda de Soteldo ao Toronto FC, a diretoria e o treinador vão avaliar nomes e posições carentes. A tendência é que o clube não faça grandes investimentos e aposte mais em chegadas por empréstimo.
A estreia do treinador será nesta terça-feira, às 19h15, contra o Boca Juniors, na Vila Belmiro, pela quarta rodada do Grupo C da Copa Libertadores. O Santos é o terceiro colocado, com três pontos, atrás do time argentino (6) e o equatoriano Barcelona de Guayaquil (9).
Diniz chegará com uma dúvida: poderá contar com Marinho? O treinador sabe que o Santos tem muitos jovens de qualidade, porém conta com a experiência do atacante para superar a catimba e malandragem dos argentinos. Em recuperação de lesão, a confiança é que o camisa 11 possa estar em campo para o Santos tentar repetir a vitória da semifinal passada, na qual fez 3 a 0 em casa.
O técnico afirmou que a vitória obtida pelo Santos no domingo, que manteve o clube na elite paulista, foi um teste no qual os garotos se saíram bem. “O Santos precisa de poucos e bons reforços. Não precisa de muitos, precisa de qualidade. A partida de ontem teve muita maturidade. Ganho emocional. Os mais jovens viveram isso pela primeira vez e responderam bem. Precisamos de muito trabalho, tático e emocional, e isso vai levar um certo tempo”, afirmou o novo treinador, que assinou contrato de um ano (prorrogável por mais um), sem multa rescisória e pagamento de comissão aos empresários.
Diniz viveu um bom momento no ano passado no comando do São Paulo. Neste ano, o treinador viu o time cair de produção. Em fevereiro foi demitido após perder a liderança do Campeonato Brasileiro e ser eliminado pelo Grêmio na semifinal da Copa do Brasil. O treinador confessa que ainda analisa a queda de rendimento do clube do Morumbi, que chegou a ter sete pontos de vantagem na liderança, mas deixou o título escapar.
“O futebol não se resume às coisas simples. Quando perde ou ganha, o estilo de jogo é a ponta de iceberg. Eu estive diretamente envolvido na ascensão e declínio do São Paulo. Mesmo assistindo aos jogos 20 vezes, você não acha solução de maneira fácil. O estilo está sempre se aprimorando. A gente pode melhorar, mas são coisas sutis. Até hoje reflito sobre o que aconteceu e vamos melhorando. Hoje, o Santos terá um Fernando Diniz melhor do que o último trabalho”, afirmou o novo treinador.
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