A Secretaria de Saúde de Coronel Vivida, vai realizar um arrastão de limpeza para diminuir os focos do mosquito Aedes Aegypti no município. A ação vai acontecer na sexta-feira (29) e no sábado (30), das 9h às 16h.
Na ocasião, mais de 150 pessoas são esperadas para compor as equipes que passarão recolhendo o lixo das residências. O caminhão deve cumprir o roteiro já conhecido da coleta de lixo. Também serão realizadas orientações, cobranças e informativos.
De acordo com o secretário de saúde, Vinícius Tourinho, o objetivo em fazer essa limpeza é causar impacto na população, agregando a outras ações já realizadas pela administração pública, como o Dia D de Combate à Dengue, notificações, monitoramento, orientações e campanhas.
“A dengue só vai acabar quando todos tiverem a responsabilidade de cuidar do que é seu, cada um tem que fazer sua parte”, afirma o secretário.
Vinícius explica que todas as secretarias do município estarão envolvidas na limpeza, cada um com sua função.
“A Secretaria de Educação está distribuindo sacos de lixos nas escolas, para que as crianças incentivem seus pais a recolher o lixo e deixá-lo na frente da residência para o recolhimento; a Secretaria de Obras disponibilizou os caminhões; a Secretária de Assistência Social está fazendo a divulgação e entrando em contato com várias entidades para mobilizar as pessoas; a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, com um papel fundamental, através de denúncias e reclamações nas áreas rurais; a Secretaria de Indústria e Comércio está mobilizando o setor; além da participação de toda a administração do município”, comenta.
A Cooperativa de Catadores de Lixo também fará parte da ação através do recolhimento de embalagens e da separação do que for possível reciclar.
Chuva e frio desaceleram contaminação
De acordo com Tourinho, os casos de dengue diminuíram em abril, sendo o mês com menor número de infectados, “com aproximadamente 150 casos, talvez pelo excesso de chuva e alguns dias mais frios”.
O primeiro caso de dengue registrado em Coronel Vivida nesse ano aconteceu em janeiro e, desde então, aproximadamente 600 casos foram registrados. “Em fevereiro já notamos um aumento de casos e, em março, foi o pico, onde a maioria dos casos aconteceu”.
O bairro mais acometido no município é o Líder, onde os primeiros casos foram identificados e, desde então, é onde o maior número de pessoas contaminadas foi registrado. “Há casos em todos os bairros, mas esse foi onde começou e onde há maior incidência”, comenta.
Tourinho destaca ainda que, no ano passado, Coronel Vivida não registrou casos de dengue, afirmando que a pandemia manteve as pessoas em casa por mais tempo, onde cuidavam melhor do entorno de suas residências e, “ninguém foi viajar, então não trouxeram a dengue de outros locais. Muita gente viaja para áreas onde há grande incidência, como o mosquito está presente na região, quando ele entra em contato com o sangue de uma pessoa infectada, acaba transmitindo para outros, aumentando a proliferação”.
Locais inesperados
Segundo o secretário de saúde, em muitas residências foram encontradas as larvas do Aedes Aegypti em locais onde os moradores, muitas vezes, não imaginam ser possível. “É o caso do pote de água dos animais e reservatórios de geladeiras”, comenta.
Outro fator citado por Vinícius é que parte da população não permite a entrada dos agentes de fiscalização em suas casas, aumentando a dificuldade em diminuir os casos de dengue na cidade. “Há pessoas que ligam, fazem denúncias e ajudam, mas outras têm medo de ser expostas. Outro problema é que algumas pessoas não seguem as recomendações. Há quem segue e quem não segue e, se todos fizessem sua parte, o problema já teria acabado”, finaliza.