Os outros dois centros que também poderão ter novos nomes são o Centro Esportivo Brasil Japão, local ideal para a prática do beisebol, BMX e sumô e localizado também nas proximidades da marginal do Tietê, além do Centro Esportivo e de Lazer Modelódromo do Ibirapuera, zona sul da cidade.
A cessão dos naming rights significa conceder o direito de nomear um bem, um local ou uma atividade com uma marca ou produto. A grosso modo, é a nova maneira como ele será identificado oficialmente, como o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, ou a Neo Química Arena, do Corinthians. No caso dos centros esportivos, eles vão ganhar um “sobrenome” do parceiro privado, que vai poder expor sua marca. A gestão continua sendo da prefeitura.
A consulta pública será aberta nesta quarta-feira, com prazo de 45 dias para apresentação de propostas. O edital deverá ser publicado em setembro. O valor mínimo para aquisição dos naming rights do Centro de Esportes Radicais é de R$ 1.058.200,00 por ano. O Modelódromo vale R$ 1,754.400,00. Já no Centro Esportivo Brasil-Japão, o valor é de R$ 791 mil anuais. Quem oferecer o maior valor será declarado o vencedor do processo pelo período de cinco anos. Os locais foram escolhidos em função da boa infraestrutura, da demanda da população e do interesse já manifestado pela iniciativa privada.
A ‘FEBRE’ DO SKATE – Com uma área de mais de 38 mil metros quadrados, o Centro de Esportes Radicais se tornou um dos destaques do projeto municipal em função do sucesso do skate na Olimpíada. A modalidade trouxe três medalhas para o País em sua estreia, com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler na modalidade street e Pedro Barros no park. O skate já foi confirmado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nos Jogos de Paris-2024.
O parque é o primeiro do País a abrigar um complexo com três pistas de “pump track” com níveis (rampas) para praticantes e os veteranos. O local também permite o uso de bicicleta, patins ou patinete, circuito de parkour.
O Centro Esportivo Brasil-Japão é o endereço do beisebol/softbol na cidade. Depois de estrear nos Jogos de Pequim-2008 e reaparecer em Tóquio, a modalidade não será disputada em 2024.
CONTRAPARTIDAS SOCIAIS – A iniciativa é da Secretaria Executiva de Desestatização e Parcerias, unidade vinculada à Secretaria de Governo Municipal, em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer. A expectativa é gerar cerca de R$ 18 milhões no período de cinco anos nos três equipamentos. O valor será destinado para o fundo voltado para políticas públicas prioritárias, como saúde e educação.
“É uma iniciativa pioneira e inovadora em que a iniciativa privada participa com uma finalidade social. A ideia não é só receber investimentos, mas também receber contrapartidas sociais”, explica Tarcila Peres, secretária Executiva de Desestatização e Parcerias da Prefeitura de São Paulo.
Com as contrapartidas sociais, o investidor pode abater até 75% dos pagamentos, que são feitos mensalmente. Entre esses retornos estão as benfeitorias nas instalações dos centros esportivos, como mobiliário e itens de acessibilidade. Outra opção é a promoção de atividades de interesse coletivo de esportes, lazer e recreação gratuitas e abertas ao público em 60 dias por ano.
Outra vertente é o incentivo direto para atletas e equipes das modalidades praticadas nos locais, seja por meio de transporte e alimentação, equipamentos ou até mesmo financiamento direto. Nesta fase do projeto, 50 atletas deverão ser beneficiados com auxílio financeiro de acordo com as regras do edital. “A ideia é incentivar que o parceiro apoie essas contrapartidas sociais para que o investimento fique direto na comunidade”, diz Tarcila.
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