Premiados do Agrinho celebram união do campo e cidade

A 30ª edição do Programa Agrinho reuniu milhares de educadores e alunos paranaenses em torno do tema “Festejando a conexão campo e cidade”. A cerimônia de premiação, realizada pelo Sistema FAEP, destacou três iniciativas inovadoras na categoria Experiência Pedagógica, reconhecendo docentes que transformaram o aprendizado em ações práticas e integradoras.

1º lugar: identidade rural e protagonismo estudantil

A professora Angrenni Simone da Silveira Assunção, da Escola Municipal do Campo Professor Waldomiro Antonio de Souza (União da Vitória), conquistou o primeiro lugar com o projeto “Raízes e horizontes: conectando saberes do campo à cidade”. A proposta valorizou as profissões, culturas e saberes rurais, potencializando o protagonismo dos alunos do 5º ano. Por meio de atividades interdisciplinares, tecnologias e práticas sustentáveis, o projeto envolveu teatro, podcasts, blog, palestras, cinema itinerante e visitas técnicas, impactando mais de 500 pessoas e reforçando o pertencimento e a riqueza cultural do meio rural.

Segundo Angrenni, “a palavra é gratidão. Esse prêmio reconhece anos de dedicação à educação e incentiva outros docentes a participarem do Agrinho”.

2º lugar: memórias e educação patrimonial no meio rural

A professora Taiza Colere Tanajura Klembá, do Colégio Estadual Prefeito João Maria de Barros (Campina Grande do Sul), ficou com o segundo lugar ao realizar um trabalho de resgate dos paióis coloniais, símbolos da agricultura familiar e da história local. O projeto se destacou pela integração entre ciência, arte e tecnologia, utilizando entrevistas, maquetes, impressão 3D e mapeamento de estruturas rurais históricas, envolvendo a comunidade e alunos do clube de ciências do 6º ao 9º ano. A valorização dos paióis estimulou o diálogo intergeracional, exposições e iniciativas de preservação cultural, fortalecendo o vínculo entre escola, comunidade e memória rural.

Para Taiza, “a iniciativa vai muito além de prêmio. O Agrinho resgata o orgulho pela herança rural e constrói uma sociedade sustentável e conectada”.

3º lugar: energia sustentável e transformação coletiva

A professora Jaqueline Costa da Silva Soares, do CMEI Santa Paula (Peabiru), conquistou o terceiro lugar com o projeto “Energia sustentável – Atitude consciente para um mundo diferente!”. A experiência nasceu da curiosidade dos alunos da Educação Infantil ao verem um painel elétrico em parque público, gerando aprendizado sobre energia limpa e consumo consciente. Utilizando metodologia ativa, o projeto mobilizou famílias, comunidade escolar, empresários e poder público em torno do tema, com experimentos, brincadeiras, integração dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo consciência ambiental desde cedo e engajando todos os envolvidos.

Jaqueline destaca: “estar entre as premiadas é um reconhecimento ao esforço diário por uma educação transformadora”.

Prêmios e impacto

Cada professora premiada recebeu um carro zero quilômetro como reconhecimento da excelência pedagógica. Os projetos demonstram o papel da educação na integração campo-cidade, fortalecendo tradições rurais, saberes, sustentabilidade e protagonismo juvenil no Paraná.