“É uma decisão que nunca é fácil de ser tomada. Depois de escutar meu corpo e falar com minha equipe, entendo que é a decisão acertada com o objetivo de ampliar minha carreira esportiva e seguir fazendo o que me faz feliz, que é competir ao máximo nível e seguir lutando”, declarou o atual número três do mundo.
Sem apontar nenhuma lesão, Nadal disse que a proximidade entre Roland Garros e Wimbledon nesta temporada foi a principal motivação para desistir da grama inglesa neste ano. O Grand Slam francês terminou no domingo e o britânico vai começar no dia 28. Geralmente, há pelo menos um mês de intervalo entre as duas grandes competições do circuito.
“O fato de haver apenas duas semanas entre Roland Garros e Wimbledon não torna mais fácil a recuperação do meu corpo depois da sempre pesada temporada de saibro. Foram dois meses de muito esforço e a decisão que tomei está focada no médio e no longo prazo”, explicou o espanhol.
Aos 35 anos, Nadal já declarou diversas vezes que seu grande objetivo no momento é estender sua carreira, como faz o amigo e rival Roger Federer, que completará 40 anos em agosto. “Minha meta é prolongar minha carreira e continuar a fazer o que me deixa feliz. E a prevenção esportiva, diante de qualquer excesso no meu corpo, é um fator muito importante neste momento da carreira.”
Dono de dois títulos em Wimbledon, o ex-número 1 do mundo esteve aquém do esperado na temporada de saibro. E, diferentemente dos últimos anos, não venceu em Paris. Foi derrotado pelo sérvio Novak Djokovic na semifinal, em sua terceira derrota na história em Roland Garros. Ele deixou a competição sem reclamar de dores ou outros problemas físicos.
Nadal também será baixa de peso em Tóquio. Pelo calendário, a disputa do tênis na Olimpíada vai começar exatamente duas semanas após o fim de Wimbledon. E será realizado sobre quadra dura, que exige um estilo de jogo diferente da grama de Londres.
“Os Jogos Olímpicos significam muito na minha carreira e sempre foram uma prioridade como esportista. Encontrei o ambiente que todo esportista sonha em sentir ao menos uma vez pessoalmente e tive a sorte de vivê-los intensamente em três ocasiões e ainda fui o porta-bandeira de meu país”, afirmou.
O atleta espanhol tem duas Olimpíadas no currículo. E duas medalhas de ouro. Ele venceu o torneio olímpico em simples nos Jogos de Pequim-2008 e foi o campeão nas duplas no Rio-2016.
Comentários estão fechados.