“Como Biden não vai ficar mal se esses filhos da p… não aprovarem (sua proposta de aumentar a ajuda financeira ao Fundo Global) no Congresso?”, disse o presidente a assessores em um corredor da conferência na quarta-feira, 21, após bater uma foto em uma área externa às salas de reunião.
O comentário gravado pelas câmeras veio após uma reunião entre o líder sul-coreano e o presidente americano, Joe Biden, que prometeu contribuir com US$ 6 bilhões (R$ 30,7 bilhões) adicionais para o Fundo Global de Combate à aids, tuberculose e malária.
Postado no YouTube, o vídeo foi visto mais de 2 milhões de vezes poucas horas depois de ser publicado, e na Coreia do Sul a palavra “fuckers” foi a hashtag mais popular no Twitter na quinta-feira, 22.
Representantes de Yoon e da Casa Branca não responderam imediatamente aos pedidos de comentários na quinta-feira, mas o líder do Partido Democrata da Coreia do Sul — oposição ao atual presidente –, Park Hong-keun, criticou a “linguagem suja de Yoon manchando o Congresso dos EUA” como “um grande acidente diplomático”.
Laços com os EUA
O incidente diplomático envolvendo o presidente sul-coreano ocorre em um momento de aproximação entre os Estados Unidos e seus aliados asiáticos, em meio ao aumento de tensões com a China (envolvendo a soberania de Taiwan) e com a Coreia do Norte (envolvendo recentes testes de armas de longo alcance).
Um dia depois da repercussão do insulto de Yoon aos parlamentares dos EUA, o porta-aviões americano USS Ronald Reagan, de propulsão nuclear, e navios de sua flotilha de ataque atracaram no porto de Busan nesta sexta-feira, 23, pela primeira vez em quase cinco anos.
“A presença do porta-aviões USS Ronald Reagan em Busan demonstra a força da aliança entre Coreia do Sul e Estados Unidos”, disse uma fonte do ministério da Defesa sul-coreano à France-Presse.
Yoon e Biden estavam ambos em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, onde realizaram discussões paralelas na quarta-feira. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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