“É como perder alguém da família, como perder um irmão. Ele fez muitas coisas boas não apenas para o esporte a motor, mas também para a indústria automobilística, certificando-se de que as pessoas construam carros que sejam seguros”, disse Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1 por mais de 40 anos e amigo do ex-presidente da FIA, em entrevista à TV inglesa BBC Sports.
Advogado de formação, Mosley foi uma figura marcada por polêmicas na Fórmula 1. Um dos fundadores da equipe March, ele também é conhecido por ser um dos principais responsáveis por melhorar a segurança no automobilismo, especialmente na maior categoria de automobilismo do mundo. Foi eleito presidente da FIA em 1993, sucedendo o icônico francês Jean-Marie Balestre.
Junto com Ecclestone, Mosley foi intermediador do Pacto da Concórdia, documento que ajusta os interesses comerciais e esportivos entre as equipes da Fórmula 1, a categoria e a FIA.
Em contrapartida, os últimos anos de sua gestão foram marcados por escândalos na vida pessoal: em 2008, a imprensa britânica descobriu uma orgia de Mosley com prostitutas, com os envolvidos usando roupas de conotação nazista. O dirigente britânico processou o tabloide inglês News of the World pela publicação das imagens e ganhou a causa. No entanto, como sua família sempre foi acusada de defender o nazismo, sua situação na entidade ficou insustentável.
Ao fim de 2009, o dirigente britânico deixou o cargo e abriu caminho para a atual gestão do francês Jean Todt. Também neste período, antes de passar o bastão para Todt, Mosley acendeu uma polêmica tão grande que quase provocou uma cisão na Fórmula 1. Tudo em razão do desejo de impor um teto de gastos, que depois de muita discussão só entrou em vigor no Mundial nesta temporada.
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