“Podemos decidir simplesmente não disputar a competição. É uma proposta que pode matar o futebol. Penso que nunca irá acontecer, dado que vai contra os princípios básicos do futebol”, afirmou Ceferin, acrescentado que a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) está ao lado da Uefa nesta questão. “Até onde sei, os sul-americanos estão na mesma página que nós. Então boa sorte com uma Copa do Mundo assim”.
Para o dirigente máximo do organismo que rege o futebol europeu, o modelo de Copa do Mundo deve se manter inalterado, com a realização da competição de quatro em quatro anos, algo que “aumenta o valor da disputa”.
“Espero que ganhem noção. Até agora, não houve qualquer abordagem apropriada. Ninguém falou conosco, ninguém se encontrou conosco, ninguém nos ligou, ninguém nos enviou uma carta, nada. Só sei o que leio nos jornais”, disse Ceferin. “O valor da Copa do Mundo é justamente porque acontece a cada quatro anos, é preciso esperar por ela, como os Jogos Olímpicos. É um evento grandioso. Não vejo nossas federações apoiando isso”.
A Fifa iniciou em maio passado as análises sobre a realização das Copas do Mundo, masculina e feminina, a cada dois anos. O estudo foi aprovado no Congresso anual da entidade: 166 associações nacionais votaram a favor e 22 votaram contra.
O francês Arsène Wenger, ex-treinador e atual diretor de desenvolvimento de futebol da Fifa, defendeu recentemente a ideia de realizar um Mundial a cada dois anos, a partir de 2028.
Um dos impactos inevitáveis de uma eventual mudança de periodicidade da Copa do Mundo será nas competições continentais de seleções. Os dois principais – Copa América e Eurocopa – são disputados a cada quatro anos, sempre nos anos pares nos intervalos do Mundial.
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