“O Leo queria ficar e não está contente. Todos queríamos que ficasse e agora ele enfrenta, tal como nós, a realidade. Desejo-lhe o melhor, a ele e à sua família. O Barça é a sua casa, ele engrandeceu a nossa galeria de troféus como ninguém”, afirmou Laporta, em uma entrevista durou quase uma hora e meia.
“Não me sinto culpado. Mantenho o que disse repetidamente. Primeiro, que faríamos o impossível para que Messi continuasse dentro das possibilidades financeiras do clube. A prova é que chegamos a um acordo com Messi, que não foi possível devido à questão salarial. Não tivemos seis meses, mas menos porque a auditoria saiu recentemente. Havia um orçamento que parecia uma coisa e é outra muito pior”, acrescentou o dirigente.
Presidente do Barcelona em dois mandatos, entre 2003 e 2010, Joan Laporta foi eleito novamente para comandar o clube em março deste ano. Sua principal missão era assegurar a permanência de Messi. Ele confiava no desfecho feliz nos últimos meses, mas isso não ocorreu.
“Infelizmente temos uma instituição com 122 anos de história, que está acima de tudo, de todos os jogadores, inclusive do melhor jogador do mundo, do presidente. Ele nos deu tanta coisa, estaremos agradecidos eternamente. Os motivos pelos quais não pudemos e decidimos (não renovar) foram as razões econômicas muito claras, em que se encontram a entidade”, disse.
Antes da entrevista coletiva, Joan Laporta esteve nesta sexta-feira no Centro de Treinamento Joan Gamper para conversar com os jogadores do elenco principal do Barcelona e explicar a situação. Ele também teve nos últimos dias reuniões com o Jorge Horacio Messi, pai do camisa 10.
“Não quero gerar falsas expectativas. Há um tempo limite e o jogador tem outras propostas. Leo colocou todas as facilidades possíveis: jogar dois anos, e o pagaríamos em cinco. Queríamos que o ‘pós-Messi’ começasse em dois anos, mas não foi possível. Temos que conseguir que o Barça, sem Messi, siga dando alegrias aos torcedores”, contou.
Messi chegou ao Barcelona com 13 anos, em 2000, e estreou como profissional em outubro de 2004. Ele é o maior jogador da história do clube – marcou 672 gols e anotou 288 assistências em 778 jogos oficiais. Ao todo, o argentino conquistou 35 títulos com a camisa da equipe catalã, dentre eles quatro edições da Liga dos Campeões da Europa e 10 do Campeonato Espanhol.
“Ele deixa um legado excelente. É o jogador com mais títulos da história do clube. Deixa a marca da melhor etapa da história do clube. Nos deixou muitas alegrias, muitas imagens para a história”, completou Joan Laporta.
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