O cálculo da PF leva em consideração que Rocco Morabito estava foragido há mais de 22 anos quando foi preso em 2017, no Uruguai, a partir de informações levantadas pelas autoridades Brasileiras. Dois anos depois, enquanto aguardava extradição, o mafioso fugiu da prisão.
Durante coletiva, a PF ainda classificou a cooperação internacional que permeou as investigação que levaram à prisão de Morabito em um hotel de João Pessoa. No momento da prisão, ele estava acompanhado de outro foragido italiano, que também foi detido. De acordo com a PF, o segundo preso está na lista das 30 pessoas mais procuradas pela Italia
Segundo os investigadores, as apurações foram abastecidas pelo compartilhamento de informações de um projeto da Interpol que envolve 11 Países, junto com o departamento de Segurança Pública da Itália, para investigar a ‘Ndrangheta’. A PF indica que tal troca de dados de inteligência foi fundamental para a operação que culminou na prisão de Rocco Morabito.
A corporação revelou ainda que o mafioso teria passado por ao menos três Estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro e Paraíba, onde foi preso. Além disso, há a possibilidade de o italiano também ter passado por Santa Catarina. As movimentações serão objeto de apuração da PF.
Os investigadores lembraram ainda que o ‘histórico criminoso’ de Morabito é muito antigo. “Há registros da atuação de Rocco Morabito com a organização do tráfico de drogas entre Brasil e Europa desde a década de 1990, conforme investigação à época realizada no âmbito de Operação denominada King”, informou a PF em nota divulgada nesta segunda, 24, quando o mafioso foi preso.
A PF diz que há indicativos de que o preso há indicativos que estava envolvido em atividades criminosas no Brasil, indicando que tais suspeitas também serão apuradas pela corporação.
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