O atual campeão da Libertadores e da Copa do Brasil viu o bom ambiente mudar em poucos dias. Bastaram a perda da Supercopa do Brasil para o Flamengo e da Recopa Sul-Americana, para o Defensa y Justicia, ambos nos pênaltis, além do revés para o São Paulo, para deixar o clima ruim na equipe comandada por Abel Ferreira.
Nem o treinador português, aliás, escapou das cobranças da torcida, que pichou os muros do Allianz Parque na manhã de sábado com palavras de protesto também contra atletas e o presidente Mauricio Galiotte, xingado de “banana”. Os torcedores querem que o elenco seja reforçado. Até aqui, o clube contratou apenas o volante Danilo Barbosa, emprestado pelo Nice, da França.
É em meio a essa turbulência que o Palmeiras tenta reagir na temporada antes de estrear na Libertadores diante do Universitario, do Peru, na próxima quarta-feira. No Paulistão, a equipe paulista soma oito pontos em cinco partidas e também precisa dar uma resposta, já que está atrás do Red Bull Bragantino no Grupo C, líder da chave.
Para o duelo em Ribeirão Preto, a tendência é de que Abel Ferreira mescle titulares e reservas. Todos os jogadores que haviam disputado a Recopa não jogaram no clássico. Algo semelhante deve acontecer neste domingo. A escalação dependerá da condição física dos atletas. É possível que jovens como Fabinho, Giovanni e Rafael Elias ganhem uma oportunidade.
Certo é que o treinador não pode contar com Raphael Veiga e Gabriel Menino, com dores musculares, Breno Lopes, que sofreu um estiramento no ligamento colateral medial do joelho, e Gabriel Veron, jovem atacante que ficará fora por até dois meses em razão de uma nova lesão no músculo da coxa esquerda. Lucas Lima também continua fora em virtude de uma lesão muscular.
“Meu critério de escolha é o rendimento. Tem um desafio novo para mim. Nunca na minha vida como treinador tive tantos jogos seguidos. Ano passado já foi desafiador, esse ano é ainda mais. Meu desejo é não perder muitos jogadores por lesões, porque sei que vou perdê-los. Não somos máquinas. Tivemos dois títulos a serem decididos, jogos de alto nível físico. Essa é a minha única preocupação. Temos que nos hidratar bem, dormir bem, comer bem e nos preparamos para jogar no domingo”, comentou o técnico português, que se prepara para viver uma maratona de jogos.
Contando com a partida em Ribeirão Preto, serão 11 jogos em 24 dias, incluindo viagens ao Peru, à Argentina e o ao Equador, além dos deslocamentos mais curtos para os compromissos no Estadual.
BOTAFOGO – O duelo com o Palmeiras será um teste para a ascensão do time de Ribeirão Preto. O técnico Argel Fuchs quer aproveitar o embalo para pontuar e subir na tabela. O time vem de empate fora com o Santos (0 a 0) e vitória sobre o Ituano, por 2 a 1, também longe de seus domínios.
“Temos que seguir pontuando, mesmo respeitando todo o poderio do Palmeiras. Nosso time está evoluindo, mostrando consistência”, atesta o técnico botafoguense, que assumiu o time em baixa sob o comando de Alexandre Gallo. O Botafogo tem cinco pontos dentro do Grupo A. Os dois últimos resultados fizeram o time respirar na luta contra o rebaixamento e encostar no Santo André, vice-líder do Grupo A.
Mesmo assim, o técnico Argel Fuchs deixa claro que o objetivo do Botafogo no campeonato é a permanência. “O objetivo ainda é a salvação dentro do Paulista. Pensamos jogo a jogo até agora, e vai ser assim agora contra o Palmeiras”, disse o treinador, que aprovou a atuação contra o Ituano e deve manter a base. A única baixa deve ser o atacante Dudu Hatamoto, que foi substituído na última partida após sofrer uma torção no tornozelo direito.O substituto seria Luketa, autor do segundo gol tricolor em Itu.
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