Flamengo e Fluminense disputam o título do Carioca pelo segundo ano consecutivo. Como houve empate no jogo de ida, quem vencer, seja por qualquer placar, fica com a taça. Uma nova igualdade leva a definição do título para as penalidades. Em número de títulos cariocas sobre o adversário, cada um tem cinco conquistas até aqui. Portanto, o vencedor desempata o retrospecto a seu favor.
Sábado passado, a primeira partida da final teve cerca de 150 torcedores no estádio. A Ferj liberou 150 convidados para cada clube, sem pedir autorização à Prefeitura do Rio de Janeiro e a iniciativa rendeu multa por “infração sanitária gravíssima” à administração do Maracanã, gerido em conjunto por Flamengo e Fluminense.
Depois do ocorrido, nesta semana, a Ferj pediu ao secretário de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, a autorização para cada clube levar 80 convidados para o clássico decisivo no estádio, mas o pedido foi rejeitado.
Os dois rivais têm oscilado na temporada e querem a conquista estadual para ajudar a reerguer o moral para a sequência das partidas e afastar a pressão. No próximo fim de semana, já começa o Campeonato Brasileiro. Embora esteja classificado ao mata-mata da Libertadores, o Flamengo vem de dois empates em que jogou mal e cometeu muitos erros defensivos contra adversários mais fracos. Por isso, tem de fazer ajustes para engrenar.
Do lado do Fluminense, a situação é até pior, visto que o time precisava apenas empatar com o Santa Fe na rodada anterior do torneio continental, mas foi derrotado no Rio de Janeiro e terá de decidir a classificação às oitavas diante do poderoso River Plate, na Argentina.
Além disso, a final ganha peso maior para as duas equipes em meio às críticas em relação aos trabalhos de Rogério Ceni e Roger Machado. Os dois têm sido contestados. Ambas as diretorias não sinalizam a intenção de mudar de treinador, mas é sabido que a perda de uma decisão de Estadual pode ter reflexos.
Como o título está em jogo, nenhum dos treinadores vai poupar titulares. Isso significa que jogadores importantes como Rodrigo Caio, Filipe Luís e Diego, preservados no meio de semana contra a LDU, retomam seus lugares entre os 11 que iniciam a partida. No gol, Diego Alves ainda é dúvida.
O goleiro se recupera de uma lesão no coxa e tem feito tratamento intensivo desde então, treinando separado do grupo. Caso seja vetado, o que é a tendência, o jovem Gabriel Batista seguirá como titular da meta rubro-negra.
No Flu, a dúvida é quem joga no meio de campo. Nenê e Cazares brigam pela vaga. O primeiro vinha sendo titular, mas Roger decidiu dar uma chance ao equatoriano, que, porém, não a aproveitou como podia no revés diante do Santa Fe, na última quarta-feira. No ataque, é provável que o treinador mantenha o jovem Gabriel Teixeira entre os titulares e deixe Luiz Henrique no banco.
“Temos que ter a cabeça boa e saber onde precisamos evoluir. Precisamos estar com a energia renovada porque a decisão está aberta”, pontuou o técnico do Fluminense.
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