O documento, que foi obtido pelo Estadão, é uma resposta às tentativas do governador Eduardo Leite (RS) de se aproximar do grupo do ex-prefeito para reduzir a vantagem de Doria no Estado.
O texto foi escrito após o secretário de Habitação da capital, Orlando Faria (PSDB), que era um amigo próximo de Covas, declarar apoio a Leite e em seguida ser exonerado do cargo.
Faria disse ao Estadão ter “certeza” que houve pressão do Palácio dos Bandeirantes sobre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) por sua saída da pasta, mas o emedebista negou interferência do governador na decisão.
A carta dos “covistas” é assinada por Renata Covas, mãe de Bruno, Tomás, filho do ex-prefeito, por dirigentes do PSDB que eram ligados ao tucano, como Carlos Balotta, secretário geral da legenda em SP, além de Alexandre Modonesi, secretário municipal das subprefeituras, Gustavo Pires, ex-assessor de Covas. Também referendam o documento Wilson Pedroso, coordenador da pré-campanha de Doria, e Fernando Alfredo, presidente do PSDB da capital.
O manifesto cita o “legado” dos fundadores do PSDB, Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso. “João Doria sempre foi próximo ao nosso amado e saudoso Bruno Covas. Foi Doria que, em 2016, apostou na chapa pura e juntos chegaram a Prefeitura”, disse o texto.
Em suas redes sociais, Leite divulgou recentemente um vídeo em homenagem a Mário Covas no qual reproduz o discurso do ex-governador quando ele se lançou candidato à Presidência da República em 1989. Em outra frente, o sobrenome Covas foi citado várias vezes pelo gaúcho em debates e entrevistas.
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