Marcilei Rossi com assessoria
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), seis milhões de vidas são salvas a cada ano por conta da amamentação. No Brasil, quase 46% dos bebês de até seis meses de vida são amamentados ao seio de forma exclusiva e cerca de 60% recebem o leite materno até os dois anos. Os números foram divulgados nessa segunda-feira (1º), pelo Ministério da Saúde.
A data marca a semana de aleitamento materno, que segue até 7 de agosto, com o objetivo de sensibilizar a sociedade a respeito da influência da amamentação na saúde da criança, da mãe e até mesmo no meio ambiente. Este ano o tema é “Fortalecer a amamentação: Educando e Apoiando”, visando trazer informação para oferecer às mães a melhor condição possível nesse aspecto.
Como forma de intensificar o trabalho de conscientização, a Secretaria de Saúde de Pato Branco programou para este período ações nas unidades de saúde, além da capacitação que acontecerá no próximo dia 18 para os profissionais que atuam na área.
A equipe multidisciplinar, que abrange médicos, enfermeiros, cirurgiões dentistas e a equipe de pediatria e da unidade Mãe Pato-branquense participarão do treinamento com o objetivo de melhor orientar e auxiliar as lactantes.
“Amamentar é muito mais do que alimentar a criança, além de ser fonte importante de nutrientes e anticorpos, ainda reforça o vínculo entre mãe e filho” explica a nutricionista e chefe da seção de Atenção Primária à Saúde, Adriana Honaiser Favero que completa que a amamentação “é a primeira forma de alimentação de uma pessoa e traz muitos benefícios que duram para a vida toda.”
Segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que a amamentação seja capaz de diminuir em até 13% o número de mortes de crianças de até 5 anos, sendo a única estratégia a atingir esse feito. A recomendação é amamentar até os dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses de vida do bebê.
Abandono do aleitamento
A orientação é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses de vida do bebê e que se estenda até os 2 anos, contudo algumas mulheres têm dificuldade.
Adriana adverte que “apesar de parecer algo natural, algumas mulheres apresentam dificuldades para amamentar”, para tanto ela destaca que é preciso apoiar essas mulheres.
Conforme a chefe da seção de Atenção Primária à Saúde as causas que levam ao abandono do aleitamento materno são diversas e dependem do apoio que a mulher tem da família.
Entre as variáveis também está o fato de que algumas mães precisam retornar ao trabalho antes mesmo dos 6 meses; também ocorre que algumas acabam substituindo por fórmulas infantis por alguma dificuldade apresentada na amamentação, para a qual não teve ajuda para superar; e até mesmo por desconhecimento do grande valor que a amamentação tem na vida da criança, que ajudará na prevenção de problemas por toda a vida.
Adriana pontua, que todos os profissionais de saúde precisam estar aptos a orientar sobre aleitamento materno.
Assim, em caso de dificuldades de aleitamento, as puérperas que necessitarem de apoio ou estiverem enfrentando alguma dificuldade no amamentar, podem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima que a equipe está preparada para acolher e ajudar nesse processo.