Em representação assinada nesta quarta-feira, 8, Furtado pede ainda que o TCU investigue supostas ameaças a bancos privados que anuíssem com o manifesto de perder negócios com o governo.
No fim de agosto, BB e Caixa disseram que chegaram a avisar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de que deixariam a Febraban por causa do apoio da entidade a um manifesto pedindo a harmonia entre os três poderes. Os bancos públicos voltaram atrás da decisão em seguida.
“O episódio mostra o claro posicionamento político dos dirigentes dos bancos estatais Caixa e Banco do Brasil, em desvio aos princípios que deveriam nortear as ações da administração pública”, afirma Furtado.
No documento, o subprocurador pede que os dois dirigentes dos bancos sejam afastados durante as apurações, “uma vez que demonstraram que o motor das decisões tomadas na condução das instituições que dirigem possui forte viés político, em afronta ao esperado zelo pelo interesse público e não do governo de plantão”.
“Aparentemente, não há nenhuma justificativa técnica para que os gestores dos bancos, na qualidade de representantes do acionista controlador (União), tenham ameaçado bancos privados de perder negócios com o governo federal e de deixar a Febraban, e depois voltado atrás na decisão de deixar a Federação”, completa.
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