“A lista representa o anseio de que a escolha do procurador-geral da República seja feita sob o mesmo modelo dos outros ramos do MP brasileiro”, afirma o presidente da associação de procuradores, Ubiratan Cazetta.
Por lei, Bolsonaro não é obrigado a escolher entre os indicados pela classe. O presidente, inclusive, foi o primeiro a romper com a tradição, que vinha desde 2003, ao desprezar a lista e nomear Augusto Aras, que ainda pode ser reconduzido ao cargo.
Alinhado ao Palácio do Planalto, o atual procurador-geral da República, no entanto, parecer ter planos para alçar novos voos, o que pode deixar o caminho livre para uma indicação inédita. Aras vem sendo criticado nos bastidores da PGR por, na visão de adversários, tentar se cacifar para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal em julho, com a aposentadoria do decano Marco Aurélio Mello.
Pelo calendário definido pela diretoria da ANPR, os três nomes escolhidos pela categoria serão entregues ao presidente da República na semana seguinte às eleições internas. As eleições vinham sendo feitas por sistema eletrônico, o que deve facilitar a operação no contexto de distanciamento social da pandemia. Os votos são secretos, facultativos e plurinominais – cada membro escolhe três candidatos.
VEJA O CRONOGRAMA:
Inscrições: 17 a 28/05
Debates: 31/5 a 18/6
Eleição: 22/6
Entrega da lista ao presidente da República: 23/6 a 2/7
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