Em julho, as vendas internas atingiram 2 milhões de toneladas, representando crescimento de 11,2% frente ao apurado no mesmo mês de 2020. O consumo aparente de produtos siderúrgicos, em julho, foi de 2,4 milhões de toneladas, apresentando crescimento de 23,9% em relação ao verificado no mesmo período de 2020.
As vendas internas, nos primeiros sete meses deste ano, foram de 14,1 milhões de toneladas, representando uma alta de 38,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O consumo aparente de produtos siderúrgicos, nos primeiros sete meses deste ano, foi de 16,4 milhões de toneladas, acumulando alta de 44,9% frente ao registrado no mesmo período de 2020.
Este desempenho levou o Aço Brasil a rever as previsões de crescimento do consumo aparente em 2021 de 15% para 24%, devendo atingir 26,6 milhões de toneladas.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, diz que os números mostram que a indústria brasileira do aço está produzindo e atendendo seus clientes em volumes superiores àqueles verificados antes do início da pandemia do covid-19, não se justificando, portanto, pedidos de redução do imposto de importação de produtos siderúrgicos apresentados ao governo.
“O mercado encontra-se plenamente abastecido e sem qualquer excepcionalidade que justifique tal iniciativa”, diz em nota publicada no site da Instituição.
Segundo o Instituto, o excesso de capacidade produtiva de aço no mundo, da ordem de 560 milhões de toneladas, tem provocado práticas predatórias de comércio fazendo com que vários países adotem medidas de defesa comercial mais restritivas como, por exemplo, a taxação das importações de aço em 25% nos EUA e salvaguardas para importação de produtos siderúrgicos na Europa.
“Como consequência, países com excedente de produção estão desviando suas exportações de aço para mercados sem proteção, como é o caso do Brasil e demais países da América do Sul, o que requer cuidado e responsabilidade na avaliação de pleitos dessa natureza”, diz Lopes.
O Aço Brasil divulgou nesta quinta-feira também o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA), referente ao mês de agosto. O ICIA cresceu 9,6 pontos frente ao mês anterior, para 68,9 pontos. A alta, após dois meses de queda, fez o indicador ficar 7,7 pontos acima da média histórica, de 61,2 pontos. “O aumento da confiança dos CEOs da indústria do aço se deveu, principalmente, à melhora das expectativas em relação aos próximos seis meses”, comenta.
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