Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, a queda foi mais acentuada que a de setembro (-4,0%) porque a base de comparação está mais elevada, ao mesmo tempo em que a indústria mantém a trajetória de perda de ritmo na produção. Houve ainda influência do efeito calendário: o mês de outubro de 2021 teve um dia útil a menos do que igual mês de 2020.
Entre as atividades, as principais influências negativas em outubro foram de produtos alimentícios (-17,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,5%). Houve perdas relevantes também em equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-23,4%), indústrias extrativas (-4,7%), produtos de metal (-12,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,7%), bebidas (-9,2%), couro, artigos para viagem e calçados (-19,0%), produtos de borracha e de material plástico (-9,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-16,0%), produtos têxteis (-18,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,6%), móveis (-23,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-22,8%) e produtos de minerais não-metálicos (-4,7%).
Na direção oposta, entre as sete atividades em alta, as influências mais positivas foram de outros produtos químicos (4,2%) e máquinas e equipamentos (4,1%), mas os impactos também foram importantes de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%) e de metalurgia (2,9%).
O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 42,7% em setembro para 37,9% em outubro.
“É o segundo mês que fica abaixo de 50%, ou seja, segundo mês com predomínio de produtos investigados no campo negativo”, apontou André Macedo.
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