No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado na sexta-feira (3), a Secretaria de Educação e Cultura de Pato Branco, entregou os certificados aos professores que participaram do curso de Introdução ao Braile e Soroban, ministrado pelo professor e vereador Rafael Celestrin. Com isso, a Educação de Pato Branco conta com mais oito professores com capacitação inicial, a trabalhar com alunos com deficiência visual.
“Objetivando a melhoria da aprendizagem do aluno, se faz necessário aprofundar a interação entre educador e educando em sala de aula, considerando os diferentes estilos de aprendizagem e aplicando as abordagens e estratégias mais adequadas para cada caso. No que se refere à inclusão, considera-se primordial a formação do professor para atender as necessidades específicas do aluno com deficiência, principalmente se esta for relacionada a cegueira”, destacou a secretária de Educação e Cultura de Pato Branco, Simone Painin.
Hoje, a rede Municipal de Ensino possui dois alunos totalmente cegos e cinco com baixa visão matriculados no Ensino Fundamental e Sala de Recurso Multifuncional e, até então, apenas um professor capacitado para isso. Celestrin, que atua na sala de recurso e também é cego, considerou o momento “ímpar” para Pato Branco.
“Esse é um momento ímpar para Pato Branco. É nossa primeira turma de formação em introdução ao sistema braile e soroban. Nós nunca tivemos uma turma de capacitação no município, tanto que, atualmente eu sou o único professor de braile. Agora teremos mais oito no município que estarão capacitados a trabalhar com o sistema braile e soroban”, frisou. “Estão chegando mais crianças com deficiência visual no município e quanto mais capacitados para esta área, melhor terá esse aporte para essas crianças.”
O curso de 40 horas foi iniciado em abril, com aulas de uma hora semanal. Por meio dele, os professores foram capacitados a conhecer o alfabeto em braile, a ler e escrever na reglete e máquina braile, além de conhecer toda a codificação do alfabeto, numerais, o uso do soroban para cálculos matemáticos e os princípios da orientação e mobilidade com uso de bengala.
Para o próximo ano, a Secretaria de Educação e Cultura estuda, junto do professor Celestrin, ampliar as turmas e oferecer um nível superior de ensino no braile aos formados na primeira turma.