Assessoria
Pensando na valorização e amparo dos profissionais da educação é que a Administração Municipal de Pato Branco, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, começou nesta semana um projeto de acolhimento para os servidores da rede multidisciplinar que estão há mais de um ano afastados dos locais de serviço devido à pandemia. Por meio de lives e encontros presenciais, estão sendo oferecidos amparos nas áreas física e mental, além de reflexões acerca da pandemia.
De acordo com a secretária de Educação e Cultura, Simone dos Santos Painim, a medida é para valorizar e proteger os profissionais da equipe multidisciplinar neste período.
O projeto será levado às 27 escolas municipais e, neste primeiro momento, deve contemplar 872 funcionários da educação regular, educação infantil, serventes, merendeiras, professores e funcionários da área administrativa.
Na segunda-feira (26), uma live com uma nutricionista levou dicas de alimentação saudável para seis escolas. No mesmo período, também começaram alguns encontros presenciais, respeitando o limite de participantes por espaço e seguindo todos os protocolos de segurança, sobre o autocuidado. Ainda, serão levados aos funcionários, por meio do projeto, oficinas de meditação, contação de histórias, consciência fonoaudióloga e reflexões sobre a qualidade de vida e a carreira no mundo pós-pandemia.
“Justamente devido ao nosso momento de pandemia, de difíceis angústias, medo e preocupação é que pensamos em levar essa assistência. É mais que uma formação, é um acolhimento”, destacou a pedagoga Eliane Jussara Merlo.
Acolhimento na prática
Na manhã desta terça-feira (27), a Escola Municipal José Fraron recebeu a psicopedagoga Carmen Oenning e a psicóloga Juliane Casagrande para abordarem a necessidade do autocuidado. Cerca de 20 profissionais participaram, com distanciamento social, aplicação de álcool em gel e aferição da temperatura.
A coordenadora da unidade Lilian Vedovatto agradeceu a iniciativa e destacou a importância da iniciativa como “o verdadeiro papel da escola”.
“Dentro da escola tivemos perdas familiares, entre os professores e entre crianças. Então a gente percebe que é muito importante nesse momento sabermos acolher. E a gente também tem os mesmos medos. O que percebemos nos pais, também temos. E a gente está à frente, e na frente você precisa também ser acolhido para poder acolher. Aquilo que você recebe você também consegue transmitir. E isso é importante”, disse.
Até a próxima sexta-feira (30), oito escolas receberão o encontro presencial. O projeto deve durar até que todas as escolas e profissionais sejam contemplados, podendo ser postergado conforme o decorrer da pandemia.