Projeto prevê obras sobre igualdade feminina no acervo das bibliotecas escolares

Iniciativa visa incluir livros sobre temática feminina em acervos escolares para combater a desigualdade e a violência contra a mulher

Com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a importância da igualdade de gênero no mercado de trabalho e no combate à violência contra a mulher, a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) apresentou um projeto de lei que propõe que pelo menos 10% dos acervos das bibliotecas das escolas públicas do Paraná sejam compostos por livros sobre a temática feminina.

“A igualdade de gênero é um desafio significativo em nossa sociedade, presente tanto na desigualdade salarial quanto na realidade alarmante de violência contra as mulheres,” destaca a deputada Luciana Rafagnin. A parlamentar defende que a educação é o caminho mais eficaz para construir uma sociedade inclusiva e consciente, e acredita que o acesso à literatura pode ser uma ferramenta poderosa para discutir temas como igualdade de direitos, combate à violência, a história de mulheres inspiradoras e a representatividade feminina.

O 1º Relatório de Transparência Salarial, publicado pelos Ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), revela que as mulheres no Brasil ganham, em média, 19,4% menos do que os homens. Luciana Rafagnin destaca que essa desigualdade é ainda mais acentuada em alguns estados, como o Espírito Santo, onde a diferença salarial chega a 35,1%. Outros estados com grandes disparidades incluem Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, conforme aponta o relatório.

Luciana Rafagnin acredita que a introdução de livros sobre igualdade de gênero e temáticas femininas nas bibliotecas escolares é fundamental para promover a discussão desde cedo. “Ao oferecer aos estudantes acesso a obras que abordam a igualdade de gênero, estamos plantando as sementes para uma sociedade mais justa e equitativa,” afirma a deputada. Ela também menciona que estados como São Paulo, Sergipe e Minas Gerais já implementaram projetos semelhantes, o que reforça a viabilidade e a importância da proposta.

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Além da desigualdade salarial, as mulheres e meninas no Brasil enfrentam uma realidade alarmante de violência. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 revela um aumento de 26,7% nas medidas protetivas decorrentes de violência doméstica e familiar em todo o país. No Paraná, esse aumento é ainda mais expressivo, chegando a 63,9%, o que evidencia a necessidade urgente de medidas educativas e preventivas para combater essa violência.

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