Obra já consumiu mais de R$ 700 milhões
A obra de duplicação da BR-163, que teve início em 2014 durante o governo de Dilma Rousseff, voltou à pauta no Paraná com uma promessa de retomada e conclusão. Até agora, o projeto já custou mais de R$ 700 milhões, ultrapassando o orçamento inicial de R$ 579 milhões. A próxima licitação está programada para março de 2024, com planos de retomar os trabalhos no mesmo ano.
O projeto, que envolve a duplicação de 74 quilômetros entre Cascavel e Realeza, agora faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Ainda restam 17 quilômetros para duplicar. Na última semana, líderes políticos, empresariais e sociedade civil organizada participaram de uma audiência pública em Capitão Leônidas Marques. Um dos municípios por onde a rodovia passa, para apresentar demandas adicionais ao projeto.
Hélio Gomes da Silva Junior, superintendente do Dnit no Paraná, confirmou que as verbas para a conclusão da obra estão garantidas, entretanto não especificou o valor final. Ele afirmou que o projeto original, de 2013, precisa de atualizações para atender às mudanças nas dinâmicas das cidades afetadas pela obra.
A audiência também trouxe à tona reivindicações para modificações no projeto, incluindo acessos a estradas rurais e comunidades que poderiam ser isoladas pela obra. Essas demandas foram protocoladas pelo prefeito de Lindoeste, Silvio Santana, que alertou sobre a necessidade de incluí-las no novo estudo de concessão.
Líderes regionais insistem que essas alterações ocorram antes da rodovia entrar em um novo modelo de concessão previsto para 2024. Eles argumentam que isso evitará tarifas mais altas se as concessionárias ficarem responsáveis pelos serviços adicionais.
A BR-163 passa pelos municípios de Cascavel, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques e Realeza. O projeto já atravessou cinco governos federais e permanece inconcluso, gerando debates e preocupações na região.
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