Protocolos para intensificar segurança nas escolas de Pato Branco começam a ser debatidos

Marcilei Rossi com assessoria

Como anunciado na semana passada, desde as primeiras horas da manhã dessa segunda-feira (10), agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Depatran) estiveram nas proximidades das unidades de ensino da rede Municipal para auxiliar na segurança dos espaços.

A medida, tem validade de 45 dias, e segundo o chefe do departamento Robertinho da Luz Dolenga, mobiliza 16 agentes que atuam em duplas, ainda em escala alternadas para abranger as 27 escolas municipais e os 23 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que juntos acolhem aproximadamente 8,5 mil alunos.

A presença dos agentes nas imediações das unidades escolares, é uma medida paliativa, até que sejam de fato estabelecidas medidas de segurança escolar, afim de evitar que ocorram no município chacina como a ocorrida em Blumenau (SC), na semana passada.

Dentre as formas que o Município estuda, é a contratação por meio de licitação, de profissionais da área de segurança. No entanto, de imediato, o que a Secretaria de Educação e Cultura apontou e que está em andamento um levantamento de todas as estruturas municipais, para por fim, se criar mecanismos de segurança através dos protocolos a serem estabelecidos a fim de estabelecer protocolos e direcionar instruções para professores, colaboradores das unidades de ensino, além de pais e alunos, serão definidas diretrizes sobre atitudes básicas para lidar com situações de crise como no caso da presença de um agressor ativo.

Na reunião realizada na sede do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na tarde dessa segunda-feira (10), também foi lembrado que não existe uma solução única para a toda a rede de ensino, uma vez que cada instituição, seja pública ou privada, ensino fundamental ou básico — uma vez que representantes do setor privado e do Núcleo Regional de Educação também participaram da reunião —, mas ainda que mesmo dentro da rede municipal existem realidades distintas nos ambientes escolares.

Comandante da 1º Companhia do 3º Batalhão de Polícia Militar, capitão Guido Capitão Benjamin dos Santos Filho, e que integra o grupo que vai buscar mitigar os riscos nos ambientes de ensino destacou que a polícia já possuiu protocolos para ações graves. “A segurança nas escolas sempre foi importante, mas, por muitas vezes, no dia a dia ela acaba sendo negligenciada”, destaca o capitão que por anos atuou na Patrulha Escolar ao afirmar que neste momento, frente os últimos acontecimentos passam a ser pensadas medidas mais ativas.

“A restrição de circulação nas escolas e demais normatizações adotadas de acordo com a realidade de cada instituição deverão ser estritamente cumpridas e respeitadas inclusive, pelas famílias”, pontua Benjamin que também ressalta a importância de identificação de todas as pessoas que circulam no ambiente escolar, mesmo que prestadores de serviços pontuais.

Entre as medidas que contribuem para a segurança está a restrição de circulação de pessoas externas nos horários de intervalos escolares, o que faz com que mais adultos se atenham ao grupo de estudantes.

Uma das instruções indicadas de forma unânime pelos profissionais de segurança é de que sejam propagadas informações positivas, evitando que se criem barreiras emocionais por parte das crianças a respeito das escolas e atitudes precipitadas que podem gerar prejuízos posteriormente.

“Contamos com as famílias para contribuir no retorno à normalidade diante dessa situação. A Polícia Militar está atenta e buscando repassar informações da forma mais segura possível que logo serão compiladas e direcionadas para a comunidade escolar”, salientou o capitão.

NRE

Mesmo integrando uma iniciativa da rede municipal de ensino, o chefe do NRE de Pato Branco, Marcelo Oltramari também participou da reunião e lembrou que o Estado possui uma cartilha com orientações para minimizar crises.

Entre as orientações estão escuta ativa quanto ameaças internas e externas. Oltramari lembra que os profissionais do Núcleo e os pedagogos das escolas passaram por treinamento que entre outras indicações teve o formato que os estudantes podem procurar ajuda no ambiente escolar.

Já com relação a possíveis ameaças externas, uma forma que pode contribuir para a identificação de pessoas alheias ao ambiente escolar, e que foi bem aceita é o uso do uniforme pelos estudantes para que todos possam ser identificados.

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