“(Minha candidatura) Depende da situação política do começo do ano, das alianças que o PT tiver e das composições políticas que tiver em cada região”, defendeu Lula, em entrevista à Rádio Vitoriosa, de Minas Gerais.
Aos 75 anos, Lula descarta qualquer impedimento de saúde para ser o novo chefe do Executivo. “Tenho disposição, estou muito saudável”, comentou o ex-presidente, detalhando que anda cerca de 9 quilômetros por dia.
Em sua visão, independentemente de quem ganhar o pleito ano que vem, o vitorioso terá como missão “consertar o País”. Segundo ele, sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil está “sem controle” e não inspira confiança aos investidores.
“O Brasil está paralisado porque ninguém confia em ninguém”, avalia o petista. Para o ex-presidente, o governo perdeu credibilidade em diversos setores da sociedade e fragilizou suas relações com outros países. “Empresário não tem confiança, investidor estrangeiro não confia no Brasil”, lamenta.
Ao tecer críticas ao governo, Lula repudiou a política econômica adotada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que, para o ex-presidente, não está preocupada em desenvolver o País, e sim na privatização do patrimônio público. “Se a iniciativa privada não tem confiança no governo, porque o governo não tem credibilidade nem previsibilidade, o Estado tem que tomar a iniciativa de fazer o investimento”, disse.
Para Lula, “tomar a iniciativa significa que o Estado está acreditando na sua política e os empresários vão atrás”.
Apesar de liderar as pesquisas eleitorais, o ex-presidente da República ponderou que não se preocupa com os levantamentos, em especial porque falta mais de um ano para o pleito. “Não quero saber se estou em primeiro ou em último lugar, nós temos uma causa que é recuperar o Brasil”, destaca.
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