“Juntas, essas telas formam um dos mais importantes conjuntos de pinturas de história do país e certamente o mais destacado sobre representações de episódios e personagens da Independência”, explica o historiador Paulo César Garcez Marins, pesquisador do museu. “São muito conhecidas pelos brasileiros, pois ilustram centenas de livros didáticos do país desde o início do século 20, assim como cédulas, moedas, medalhas e objetos decorativos.”
“A estrela é certamente Independência ou Morte. É a mais conhecida representação da Independência entre nós. Foi custeada pelo governo imperial e inaugurada em Florença na presença do imperador Pedro II e da Rainha Vitória da Inglaterra. Antes do Museu, viajou até Chicago, onde foi exibida na Exposição Internacional de 1893. Sua realização e exibição no Museu a partir de 1895 garantiu a São Paulo e ao Ipiranga uma imagem que associa diretamente a Independência à cidade, embora as negociações políticas no Rio de Janeiro e as batalhas na Bahia e no Norte tenham sido decisivas para a consolidação da separação política entre Brasil e Portugal”, contextualiza.
“A pintura foi reproduzida ou reinterpretada inúmeras vezes, incluindo no filme homônimo de Carlos Coimbra, que tentou reproduzir a cena do quadro em torno de Tarcísio Meira, como Pedro I, e até em revistas da Turma da Mônica.”
RETRATOS DE UMA NAÇÃO
Quase todas as telas a serem restauradas são da época do centenário da Independência, exceto a mais valiosa, Independência ou Morte (foto ao lado), de Pedro Américo, do Império (1888). As demais são de Oscar Pereira da Silva e de Domenico Failutti:
Príncipe Regente Dom Pedro e Jorge de Avilez a Bordo da Fragata União (1922), de Oscar Pereira da Silva
Retrato de D. Pedro I (1925), de Oscar Pereira da Silva
Retrato de Dona Leopoldina de Habsburgo e seus filhos (1921), de Domenico Failutti
Retrato de Joaquim Gonçalves Ledo (1925), de Oscar Pereira da Silva
Retrato de José Bonifácio de Andrada e Silva (1922), de Oscar Pereira da Silva
Retrato de José Clemente Pereira (1925), de Oscar Pereira da Silva
Retrato de Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1920), de Domenico Failutti
Retrato do Padre Diogo Antônio Feijó (1925), de Oscar Pereira da Silva
Sessão das Cortes de Lisboa
(1922), de Oscar Pereira da Silva
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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