Segundo os laudos, os 27 mortos foram atingidos por 73 tiros – média de 2,7 por vítima. O morto que levou mais tiros foi atingido por seis disparos. Além dos 27 mortos pela polícia, a operação também resultou na morte do policial civil André Leonardo de Mello Frias, de 48 anos. Ele foi o primeiro a ser morto – depois a polícia matou 27 pessoas, alçando a operação a recordista de mortos na história da polícia do Rio de Janeiro. Familiares acusam os policiais de vingança pela morte do colega.
Cleyton da Silva Freitas de Lima, de 26 anos, Isaac Pinheiro de Oliveira, de 22, Jonathan Araújo da Silva, de 18, e Rodrigo Paula de Barros, de 31 anos, foram alvejados apenas pelas costas, segundo os laudos.
John Jefferson Mendes Rufino da Silva, de 30 anos, foi atingido por dois tiros, sendo um deles, na barriga, disparado à queima-roupa, segundo indícios encontrados pelos peritos. A marca do tiro apresentava “zona de tatuagem dispersa, sugestiva de que o disparo tenha ocorrido entre 60 cm e 70 cm”, diz o laudo. Zona de tatuagem é a área marcada por vestígios da pólvora que o cano da arma solta.
Richard Gabriel da Silva Ferreira, de 23 anos, foi a vítima morta com mais tiros, todos disparados de fuzis. Dois atingiram seu peito, um a barriga, um as costas e um atingiu cada braço. Ele foi baleado dentro de uma casa, e a perícia não identificou vestígios de confronto no imóvel.
A Defensoria Pública do Estado do Rio informou que ainda não concluiu a análise dos laudos e por isso não comentou as informações.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que “os laudos são compatíveis com o que ocorre em casos de conflito armado em ambientes confinados” e que “só é possível uma análise técnica após o confronto de todas as provas produzidas, assim evitando conclusões precipitadas”.
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