Francisco Beltrão, Palmas, Dois Vizinhos e Santo Antônio do Sudoeste apresentaram um dos maiores Valores Bruto da Produção (VBPs) do estado em alguns setores do agro
Na 1ª edição do Diagnóstico Agropecuário Paranaense, lançado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, na segunda-feira (20), quatro dos 42 municípios do Sudoeste foram destacados. São eles Palmas, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Santo Antônio do Sudoeste.
De acordo com o diagnóstico, com dados de 2020, Palmas teve destaque na produção de batatas, onde ficou em terceiro lugar no estado no ranking de produção do alimento. Com uma área de 1.550 hectares, o município produziu 58 toneladas do produto, o que proporcionou um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 66.776.800,00.
Com relação a produção leiteira, Francisco Beltrão se sobressaiu no diagnostico estadual. Com o quarto maior VBP do setor no Paraná, o município registrou uma produção de 30.084,36 mil litros e um VPB de R$ 49.940.037,60. Francisco Beltrão também é referência na produção de ovos caprinos.
Já na produção de frango de corte — setor no qual o Paraná é o líder no país, com um rebanho de 369 milhões de cabeças e um abatimento anual de 4 milhões de toneladas — Dois Vizinhos é o quinto do estado que mais realiza o abatimento. Hoje seu rebanho é de 819.000 cabeças e sua comercialização fica em R$ 6.552.000,00. O VPB em Dois Vizinhos é de R$ 39.408.314,40.
Por fim, Santo Antônio do Sudoeste foi destaque na produção de ovos de galinha. Conforme o diagnóstico, o município é o terceiro do Paraná com maior VPB na atividade. Sua produção anual em 2020 foi de R$ 15.720.253,00 e seu VBP R$ 48.418.379,24.
Entenda o diagnóstico
O objetivo do diagnóstico é dinamizar a apresentação dos dados sobre a agropecuária e espacializá-los por meio de mapas. Assim, será uma ferramenta importante para os técnicos do setor e para subsidiar pesquisas na área.
Na publicação foram utilizados os dados do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2020, levantamento realizado pelo Deral calculado com base na produção agrícola e nos preços recebidos pelos produtores dos 399 municípios do Paraná.
Outras fontes do material incluem as pesquisas da Produção Pecuária Municipal (PPM), da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Pesquisa da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e do Acompanhamento da Safra Brasileira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A elaboração do documento foi coordenada pela economista do Deral Larissa Nahirny, pelo técnico Pedro Guglielmi, com apoio direto da residente técnica e economista ecológica Débora Stefane Souza e colaboração de demais residentes técnicos do Deral.
Potencial do agronegócio no Paraná
Entre as potencialidades do agronegócio paranaense estão a produção diversificada e especializada, a integração dos setores, a disponibilidade tecnológica promovida pela pesquisa e assistência técnica e extensão rural, o associativismo e o cooperativismo, assim como a promoção de políticas públicas de estímulo à produção e uso adequado dos recursos naturais.
Em 2020, o VBP cresceu 21% e alcançou R$ 128,3 bilhões. O Paraná foi o segundo maior produtor de grãos e o terceiro maior exportador do agronegócio. “Tais dados evidenciam a importância do setor agropecuário para nossa economia e de uma ampla e organizada base de dados para estudos adicionais”, diz o chefe do Deral, Salatiel Turra. “Este material vem para subsidiar toda e qualquer necessidade de informação do agronegócio paranaense que o público, de modo geral, necessita”, completa.
