Produtores do Sudoeste do Paraná, com o apoio do Sebrae/PR, protocolaram nesta quarta-feira 20 de setembro um pedido de Indicação Geográfica (IG) para o Queijo do Sudoeste no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A certificação, na modalidade Indicação de Procedência (IP), visa reconhecer as características exclusivas e o sabor distinto do queijo produzido artesanalmente na região.
A proposta de certificação busca conferir ao queijo sudoestino um selo que destaque sua história e métodos de produção ligados ao Sudoeste do Paraná. Se concedido, o queijo se juntará a outros produtos paranaenses, como a Cachaça de Morretes e a Broa de Centeio de Curitiba, que também buscam reconhecimento no INPI.
Claudemir Roos, presidente da Aprosud e produtor, expressou seu entusiasmo em ver um sonho se concretizando. Entretanto, para Roos, a IG não apenas aprimora o valor percebido do produto mas também incentiva outros agricultores a explorar a produção de queijo.
Durante todo o processo, o Sebrae/PR desempenhou um papel crucial, assinalando o potencial da região sudoeste como referência na produção de queijo. Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR, ressaltou a importância da IG como um reconhecimento oficial do que é intrinsecamente ligado à história da região desde sua colonização.
Desde 2021, agricultores familiares da região têm se esforçado para atender aos critérios do pedido, colaborando na elaboração de especificações técnicas. Nesse contexto, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus de Francisco Beltrão, surgiu como parceira estratégica.
A professora Fabiane Picinin de Castro Cislaghi, da UTFPR, destacou que o estudo sobre o processo produtivo do queijo vem ocorrendo desde 2016. O foco tem sido analisar as particularidades do sabor, aroma e textura que tornam o queijo único.
Cristina Bombonato, produtora de Pinhal de São Bento, antecipa que a eventual IG intensificará as responsabilidades, reforçando práticas de produção seguras e rigorosas.
Instituições como Sebrae/PR, UTFPR, IDR-Paraná, Seab e Cresol, bem como prefeituras e produtores rurais, foram fundamentais no apoio ao pedido de IG.
O Paraná já possui 12 produtos com Indicação Geográfica, incluindo as Balas de Antonina e o Melado de Capanema, consolidando sua rica tradição gastronômica.
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