Na semana passada, o Ministério recuou com o Plano Nacional de Imunização (PNI) e recomendou que fossem vacinados apenas os adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade. A Pasta também recomendou apenas que a vacina da Pfizer fosse utilizada para o grupo. A recomendação gerou diversos conflitos com Estados que se preparavam para iniciar a imunização da faixa, segundo o PNI. Muitas unidades da federação tinham se adiantado ao plano e já iniciado a vacinação
O ruído de informação gerado pela orientação da Saúde obrigou o ministro a realizar uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 16. Entre os motivos usados por Queiroga para recomendar a suspensão da imunização de adolescentes estava o registro de um efeito adverso grave de uma adolescente de 16 anos que morreu sete dias após a aplicação da vacina da Pfizer. Hoje em entrevista à Folha de S.Paulo o ministro afirmou que a adolescente veio a óbito devido a uma púrpura trombocitopênica trombótica, distúrbio autoimune de consequências graves que leva à formação de coágulos pelo corpo. Segundo o ministro, o relatório, ainda a ser divulgado, não diz que a morte tem relação com a vacina.
Queiroga afirmou que mesmo que o efeito adverso estivesse ligado à vacina, isso não “invalidaria” a imunização do grupo. De acordo com o ministro, o que o governo defende é que adolescentes deveriam “ir depois”, enquanto o País tenta avançar na vacinação das pessoas acima de 18 anos. “Uma questão de prioridade de logística”, disse. O ministro também voltou a criticar Estados e municípios por adiantaram seus calendários de imunização.
Questionado sobre a possibilidade de o presidente incluir em seu discurso de amanhã na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) uma fala referente a oferta de vacinas contra covid-19 à outros países, Queiroga disse que todas as ações que o governo toma são baseadas em “dados técnicos”, e pediu que se acompanhe o discurso do presidente para saber sua agenda com relação à saúde. O ministro acompanha a comitiva presidencial no país.
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