O cardeal Robert Sarah, nascido em 15 de junho de 1945 na vila de Ourous, na então Guiné Francesa (atual Guiné-Conacri), é uma das figuras mais influentes da Igreja Católica contemporânea. Filho de uma família animista, converteu-se ao catolicismo e ingressou no seminário menor de Bingerville, na Costa do Marfim, aos 12 anos. Devido a mudanças políticas, continuou sua formação em seminários na Guiné, Senegal, França, Roma e Jerusalém, obtendo licenciaturas em Teologia e Sagrada Escritura.
Ordenado sacerdote em 20 de julho de 1969, Sarah foi nomeado arcebispo de Conacri em 1979 por João Paulo II, tornando-se o mais jovem bispo do mundo na época, com apenas 34 anos. Durante seu episcopado, enfrentou desafios significativos sob o regime autoritário de Sékou Touré, mantendo-se firme na defesa da fé e dos direitos humanos.
Em 2001, foi chamado ao Vaticano como secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos. Posteriormente, presidiu o Pontifício Conselho “Cor Unum” e, em 2010, foi criado cardeal por Bento XVI. Em 2014, o Papa Francisco nomeou-o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cargo que ocupou até sua renúncia em 2021.
Autor prolífico, Sarah publicou diversas obras abordando temas como espiritualidade, liturgia e desafios contemporâneos da Igreja. Entre seus livros destacam-se “Deus ou nada” (2015), “A força do silêncio” (2017) e “Existe Deus?” (2025).
Conhecido por sua postura conservadora e defesa da tradição litúrgica, o cardeal Sarah é considerado por alguns como um possível sucessor do Papa Francisco. No entanto, sua idade avançada e perfil teológico podem influenciar as decisões do próximo conclave.
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