Muitos internautas consideraram a fala do religioso homofóbica e criticaram a ex-BBB e o ator por repostar o vídeo. No mesmo dia, Rafa apagou o post, pediu desculpas e até recebeu uma mensagem de Gil do Vigor sobre o caso.
“Quis vir aqui me desculpar por um vídeo que compartilhei nos stories. Meu intuito era repassar aquilo para aqueles que tratam mal os LGBTs por conta de religião, para de uma vez por todas isso parar. Sinto muito se ofendi, e se pareceu que eu discordo de relacionamentos afetivos (jamais!). Apaguei depois de ver que estavam levando como opinião minha, e está longe de ser, muito pelo contrário”, escreveu no Twitter.
Ex-participante do Big Brother Brasil 21, Gilberto respondeu a publicação: “Rafa, a questão é que ele disse que tem valores e que acha errado, mas respeita. E é contra isto que lutamos, contra pessoas que acham que relacionamentos homoafetivos são errados e contra os valores. Sou bicha e tenho valores! Mas que bom que você apagou e entendeu”.
Kalimann concordou com Gil, reconheceu que errou e reforçou que não concorda com a opinião do pastor. Já Caio manteve o vídeo e se manifestou na manhã desta segunda-feira, 31, nos stories do Instagram.
“Sobre relacionamento gay, sou a favor sim! Mas, existem pessoas que não são, que têm suas convicções e costumes diferentes! E precisamos respeitar, não precisamos e nem devemos aceitar, mas sim respeitar! E o vídeo que eu compartilhei é sobre esse ponto que o pastor está falando! Eu sou contra ele ser contra, mas eu respeito a opinião dele! Tudo começa no respeito”, escreveu.
Entenda o caso
Em maio de 2017, o pastor Claudio Duarte foi o convidado do quadro Elas querem saber, no programa de Raul Gil. A entrevista foi reexibida em 2020 e voltou a ser comentada na semana passada, quando o perfil Eu Profetizo repostou no Instagram o trecho em que o pastor diz ser contra o relacionamento homofetivo.
No vídeo compartilhado por Caio e Rafa, o religioso é questionado por Val Marchiori: “Mas você é contra casamento gay?”. Ele responde: “Não. Não sou a favor do relacionamento. No mais, eu respeito, tenho minhas convicções e tenho a base daquilo que eu acredito”.
“Meu pai casou diversas vezes e fui criado por muitas famílias diferentes. E, por onde passei, muitas vezes não cumpria o padrão daquela casa. Eu me via mudando. Não fui maltratado, mas eu tinha um padrão de uma casa que não era da outra e quando eu estava lá, as pessoas não me queriam, porque eu não seguia aquele padrão. O que aconteceu? Eu parei de falar, fiquei introvertido porque o que eu falava me causava mal”, explicou.
Emocionado, ele segue: “Mas em um desses lares, eu vivi com um cara que foi meu irmão. E ele era gay. O sangue dele não corria nas minhas veias, mas a vida diz que há amigos mais chegados que irmãos. Eu não tenho problema nenhum. Eu tenho valores e não vou abrir mão deles. Se você me perguntar se eu acho certo, eu não acho, mas isso não nos torna inimigos”.
“Por que não posso dar um abraço e respeitar? Por que não podem fazer uma visita a igreja que eu pastoreio e ser bem recebido? Essa coisa absurda da extremidade que tornou o mundo no que está. Então eu nunca vou negociar com divórcio, com adultério, com homossexualismo. Eu não vou negociar, mas eu vou amar”, concluiu.
Homessexualismo é um termo que caiu em desuso desde a década de 90, pois o sufixo “ismo” é usado somente para designar doenças. E, desde 1973, a homessexualidade deixou de ser considerada uma doença psíquica e foi retirada do Código Internacional de Doenças (CID). Em 1990, também foi riscada da lista da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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