“O Teddy, a gente luta desde que eu comecei nas categorias de base. É um atleta que eu tenho bastante dificuldade, a força dele incide bastante sobre meu judô. Mas fiz meu máximo, busquei ganhar a pegada, mas infelizmente não consegui”, disse Rafael em entrevista ao SporTV após a luta. “A gente traçou com a Yuko (Fujii, treinadora) e o Jun (Shinohara, coordenador técnico da seleção masculina) de ir com a pegada cruzada e evitar dele pegar na manga. Mas, infelizmente, quando ele conseguiu pegar, fez o golpe, o mesmo que tinha usado em outras lutas, e era uma situação difícil de reverter.”
Apesar dos 181,5 quilos de peso, Rafael, medalhas de prata (2013) e bronze (2014 e 2017) em Campeonatos Mundiais, foi projetado por Riner, que, após o wazari, ainda conseguiu pegar o braço do brasileiro para finalizar a luta com ippon.
Rafael fez mais duas lutas em Tóquio. A estreia foi complicada, com vitória sobre Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, no golden score. A primeira derrota veio nas quartas de final frente ao georgiano Guram Tushishvvili, após três punições. “Competição difícil. Eu sabia pelo quadrante em que fiquei no sorteio que eu teria dificuldade com o georgiano. Senti bastante a questão de volume de pegada, ele se desvencilhando o tempo todo e eu não tive a oportunidade de botar muitos golpes.”
Aos 34 anos, o atleta ainda não sabe se vai prosseguir na carreira como atleta olímpico. “Não deu tempo de pensar ainda no próximo ciclo olímpico. Três anos é muita coisa, vou fatiar, ver ano a ano como vai ser todo o processo. Mas preciso primeiro digerir esse dia difícil e pensar com calma, junto com meu clube (Pinheiros), como vai ser essa caminhada. Ano que vem primeiro, vai ter o Mundial de Tashkent.”
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