O governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçou nesta sexta-feira (31), em Londrina, o compromisso do Governo do Estado com a manutenção, fortalecimento e ampliação das APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e das escolas de Educação Especial no Paraná. Durante o evento, ele destacou que o governo seguirá investindo na melhoria das estruturas dessas instituições e na garantia do atendimento especializado para alunos com deficiência, em resposta ao novo decreto do governo federal que pressiona os estados a incluírem alunos com deficiência exclusivamente em salas regulares.
“O Paraná é o estado que mais investe em educação especial, aplicando cerca de meio bilhão de reais por ano nas APAEs e escolas especiais”, afirmou Ratinho Junior, durante o anúncio da liberação de R$ 60 milhões para a ampliação do Hospital do Câncer de Londrina. O governador criticou o decreto federal, classificando-o como um equívoco que ameaça o modelo paranaense, que prioriza um atendimento estruturado, respeitando as necessidades individuais dos estudantes.
Investimentos contínuos e novas unidades para atendimento especializado
Nos últimos anos, o Paraná consolidou uma política abrangente de valorização das instituições de ensino especial, mantendo parceria com entidades filantrópicas que atendem cerca de 48 mil estudantes com deficiências intelectuais, transtorno do espectro autista e múltiplas deficiências, dos quais 24 mil têm até 17 anos. O investimento anual nessas parcerias soma R$ 480 milhões, que garantem a manutenção das instituições e a equiparação salarial dos profissionais especializados. O montante previsto até 2027 alcança R$ 1,9 bilhão.
Além disso, o Estado vem ampliando a infraestrutura das APAEs com a construção de 17 novas unidades próprias, em diferentes estágios de obra e projeto, sendo duas já entregues nas cidades de Nova Laranjeiras e Flor da Serra do Sul. As demais estão em andamento em municípios como Piên, Altamira do Paraná, Douradina, Guamiranga, e outros. Essas sedes possuem padrão moderno de acessibilidade, com ambientes adaptados para atender às necessidades dos alunos, incluindo espaços para fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia.
Inclusão responsável e modelo exemplificado no Paraná
Ratinho Junior destacou que o modelo paranaense de inclusão é pautado no desenvolvimento real dos alunos, garantindo estrutura adequada, suporte técnico e profissionais preparados para assegurar condições efetivas de aprendizagem e acompanhamento especializado. O governador também sinalizou o trabalho conjunto com a bancada de deputados federais para garantir a defesa da continuidade das APAEs e outras instituições especializadas no Estado.
Criadas em 1954, as APAEs têm papel histórico na educação e inclusão social de pessoas com deficiência, e hoje o Paraná conta com cerca de 350 associações que atendem aproximadamente 45 mil alunos em todas as regiões. O governador ressaltou o compromisso do Estado com uma educação que acolhe e respeita as especificidades de cada estudante, diferenciando-se pela ampla oferta de estruturas próprias, planejadas e acessíveis.
Na rede estadual, mais de 100 mil estudantes público-alvo da educação especial são atendidos em mais de 2 mil salas de recursos multifuncionais, com apoio de professores especialistas, intérpretes de Libras e profissionais de suporte.
