Ratinho Junior defende diplomacia para resolver crise com EUA

Após mais de uma semana de silêncio sobre a tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), afirmou nesta sexta-feira (25) que a crise só será resolvida por meio da diplomacia. A declaração ocorreu durante um almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde o governador destacou o papel do Itamaraty em negociações bilaterais e cobrou a ida urgente de um representante brasileiro aos EUA para tratar do impasse.

A crise teve início após o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de que os produtos brasileiros exportados para os EUA serão taxados em 50% a partir de agosto, como retaliação à suposta perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Ratinho, é necessário tirar a política do debate e priorizar soluções diplomáticas. “O histórico da diplomacia brasileira é vencedor. Historicamente, o Brasil é referência na construção de soluções comerciais. O Itamaraty tem muita experiência e espero que rapidamente alguém vá aos Estados Unidos. Não é colocando vídeo na internet ou fazendo brincadeira que vai resolver esse problema, que é sério”, afirmou.

O governador ressaltou que espera uma solução antes da implementação das tarifas, prevista para o início de agosto. “Torço para que o governo federal mande o chanceler para os EUA o quanto antes. Já se passaram 15 dias e não vimos nenhum brasileiro lá para tentar negociar”, completou.

Paraná prepara plano para minimizar impactos

Ratinho Junior também adiantou que apresentará nos próximos dias um plano de medidas para proteger a economia paranaense e setores impactados pelo tarifaço. De acordo com ele, representantes do governo estadual se reuniram com empresas e setores afetados para avaliar propostas e medidas compensatórias.

Atualmente, o Paraná exporta em média US$ 1,5 bilhão por ano para os Estados Unidos. Somente em 2025, até junho, o montante chegou a US$ 735 milhões. Nos últimos quatro anos, mais de 90 categorias de produtos foram enviadas ao mercado norte-americano, incluindo máquinas, madeira, compensados, combustíveis minerais, plástico, alumínio, açúcar, café, adubos, borracha, produtos farmacêuticos, móveis, peixes e óleos vegetais.

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